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Covid: no limite, cidades da Grande Vitória podem voltar ao risco moderado

Covid: no limite, cidades da Grande Vitória podem voltar ao risco moderado

Em entrevista à CBN Vitória nesta quinta (5), o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, explicou que alguns municípios da Região Metropolitana estão próximos de voltar a um grau mais elevado de risco de contágio do novo coronavírus

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 14:30

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Sesa, Secretaria de Estado da Saúde
Sesa, Secretaria de Estado da Saúde. (Fernando Madeira)

Somente a cidade de Ecoporanga está em risco moderado no Espírito Santo na matriz de risco do novo coronavírus. Mas é provável que esse número cresça na próxima semana com uma eventual entrada de municípios, especialmente alguns da Grande Vitória.

Em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta quita-feira (5), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que por muito pouco algumas cidades – sem especificar quais – estiveram próximas de entrarem na faixa amarela da Matriz de Risco. Ele frisou, inclusive, que as hipóteses de que isso ocorra já a partir da atualização do mapa nesta sexta-feira (6) são consideráveis.

"Não é possível sugerir neste momento quais municípios vão entrar, mas é possível que entre os municípios da Grande Vitória, nesta ou na próxima semana, um deles entre no risco moderado (amarelo). Na região, alguns municípios ficaram próximos de mudar em semanas anteriores, pois se aproximaram dos parâmetros mínimos estabelecidos para o moderado, salientou Nésio.

Entre os critérios analisados para a definição do grau, está a ocupação dos leitos disponíveis. O chefe da pasta contou que um crescimento no preenchimento dessas vagas já pode alterar os parâmetros que definem a classificação na matriz de risco.

"No momento em que a ocupação dos leitos ultrapassa a faixa de 50%, nós temos uma mudança importante no cálculo para a matriz de risco e vulnerabilidade dos municípios. É difícil que até sexta-feira (6) cheguemos nessa faixa potencial, mas para a próxima semana pode ser que já ocorra. Mas lembro que em algumas cidades mesmo abaixo disso, o grau de risco pode subir caso os números de novos casos cresçam muito", destacou.

INTERIOR

Para os municípios do interior capixaba, o secretário não vê possibilidades significativas de mudança na classificação das cidades, porém ressalta que pode ocorrer um "efeito cascata" como observado no início da doença no Estado, quando os casos surgiram na Grande Vitória e depois foram interiorizados.

"No interior a situação é diferente porque, mesmo com algumas cidades com crescimento no número de casos, o comportamento dessa nova pressão assistencial é semelhante com o início da primeira onda, na qual se observou o contágio maior na Grande Vitória, principalmente em Vitória e Vila Velha. Temos a preocupação de que ela possa ocorrer no conjunto do interior daqui a algumas semanas. O Estado precisa estar pronto para dar essa assistência caso ela venha a ser requisitada e o interior volte a crescer em bloco com a Região Metropolitana", finalizou Nésio.

Caso volte o risco moderado, as restrições aos comércios e estabelecimentos ficarão menos flexíveis, especialmente em relação ao atendimento e horário de funcionamento no período noturno e nos finais de semana. Outra área impactada seria a educação, onde nas cidades em amarelo, as aulas presenciais devem ser suspensas até que o estágio de transmissão retorne para o baixo risco.

Embora as alterações no mapa ocorram semanalmente às sextas, o emprego da nova classificação é iniciada apenas na segunda-feira seguinte à divulgação da atualização do mesmo.

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