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Publicado em 30 de junho de 2021 às 20:08
Depois dos três piores meses de toda a pandemia, o Espírito Santo voltou a ter menos de mil novas mortes por Covid-19 durante o mês. No decorrer de junho, foram registrados 681 óbitos – o que representa uma redução de 46,5% na comparação com maio deste ano, quando um total de 1.274 pessoas morreram devido à doença. >
Se for considerado todo o período pandêmico, este mês é o sétimo melhor, mas também o sétimo pior. Por um lado, o Estado voltou a níveis inferiores aos picos das três ondas do novo coronavírus registradas em território capixaba. Por outro, em média, cerca de 23 vidas ainda são perdidas a cada dia.>
Todos os dados utilizados nas comparações desta matéria consideram as atualizações diárias do Painel Covid-19, feitas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Isso significa, por exemplo, que nem todas as 681 mortes aconteceram em junho, mas que elas foram divulgadas ao longo deste mês. >
Com a segunda redução seguida no número de óbitos, o Espírito Santo segue na fase de recuperação da terceira onda, que começou no final de fevereiro, em função de aglomerações, relaxamento com o distanciamento social, variantes mais agressivas do coronavírus e sazonalidade das doenças respiratórias.>
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O período de queda consolidada dos indicadores da pandemia teve início em meados de abril. Desde então, o Estado assiste a melhorias, inclusive no que diz respeito à ocupação das vagas hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), que voltou a ter menos de mil pacientes internados por Covid-19.>
Como parte deste movimento, os casos confirmados do coronavírus também diminuíram. Em junho, foram registradas 35.848 novas infecções. Na comparação com o mês passado, foram cerca de 9 mil diagnósticos positivos a menos, representando uma redução de 20,3%, mesmo com a atual testagem em massa.>
Na última coletiva de atualização, o secretário Nésio Fernandes destacou a quarentena imposta pelo governo do Estado e o avanço da vacinação contra a Covid-19 como os principais motivos para a melhora do cenário da pandemia. No entanto, ele afirmou que o mês de julho ainda será um período de alerta. >
Já agosto e setembro devem ser os meses iniciais do que ele chamou de uma "transição segura", mas sem retomada plena de todas as atividades sociais e econômicas. Há ainda a expectativa que até o início de outubro todos os adultos tenham recebido, pelo menos, a primeira dose de uma vacina contra a doença.>
Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde do Espírito SantoDessa forma, conforme o secretário, o Espírito Santo deve atingir a imunidade de rebanho no segundo semestre deste ano. Nos próximos meses, as aulas presenciais também devem voltar a ser obrigatórias e existe a possibilidade de os adolescentes serem vacinados até dezembro. >
Mesmo assim, Nésio Fernandes alertou que o risco da quarta onda é real, apontando a variante P1 e as cepas que sejam resistentes aos imunizantes como as maiores preocupações. Ao término da coletiva, ele reforçou a necessidade de continuar com o distanciamento social e o uso das máscaras.>
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