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Contágio da Covid na Grande Vitória começou a cair no dia 11 de junho

Contágio da Covid na Grande Vitória começou a cair no dia 11 de junho

Levantamento do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) aponta redução de casos ativos em comparação com o número de curados

Publicado em 16 de julho de 2020 às 09:11

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Cientista, coronavírus, vacina, covid-19
Até a chegada de uma vacina contra o coronavírus, a população vai precisar manter medidas como o distanciamento social. (Pixabay)
Contágio da Covid na Grande Vitória começou a cair no dia 11 de junho

A redução da transmissão da Covid-19 na Grande Vitória já vinha sendo observada, mas um novo levantamento do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) conseguiu definir o momento em que a curva da doença começa a apontar para baixo: foi a partir do dia 11 de junho, após três semanas de estabilização. 

O estudo analisa os casos ativos estimados - número obtido do total de confirmados com teste PCR, descontados os curados e os óbitos - e não leva em conta os 16 últimos dias, janela temporal em que ainda é possível haver atualização na quantidade de registros da doença no Estado por meio de exames.

O levantamento com os casos ativos confere maior precisão aos indicadores porque avalia dados referentes a pessoas que ainda podem transmitir o coronavírus, segundo afirma  Pablo Lira, presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e um dos membros do NIEE.

A região metropolitana, conforme revela o estudo, começou a conseguir a estabilização por volta do dia 20 de maio e seguiu com esse quadro até 10 de junho. Depois, veio o indicativo de queda gradual, confirmada no final do mês. Entre 14 e 28 de junho, a redução foi de 17% no indicador que reproduz a tendência da taxa de transmissão. 

Gráfico demonstra maior proporção no número de curados em comparação aos casos ativos de Covid-19 na Grande Vitória
Gráfico demonstra maior proporção no número de curados (na cor verde) em comparação aos casos ativos (vinho) de Covid-19 na Grande Vitória. (Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE))

Diante desses dados, alguns podem questionar por que, no início do mês passado, havia uma preocupação grande da área da Saúde em relação à transmissão da doença.  Pablo Lira explica que, de fato, o momento era crítico, pois, apesar da estabilização, o patamar era elevado e o número de casos ativos ainda era maior do que o de curados. 

"Foi só a partir da segunda quinzena de junho que começaram a reduzir os casos ativos na Grande Vitória, uma redução gradativa. Importante destacar isso: o crescimento é rápido, mas  a queda ocorre de maneira mais lenta. E, mesmo com resultados melhores, ainda não é momento de comemorar. É preciso manter o que está sendo feito", ressalta.

No Espírito Santo, o quadro atual não é de queda dos casos ativos porque, no interior, ainda há crescimento, embora em ritmo menor. "Mas o Estado conseguiu equilibrar a gestão da doença com o isolamento social, expansão dos serviços de saúde, com a adoção do uso de máscaras. Até que cheguem as vacinas, é preciso continuar com esse trabalho de mitigação e é necessária a colaboração de todos", conclui. 

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