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'Vivemos uma estabilização na Grande Vitória', diz secretário do ES

"Vivemos uma estabilização na Grande Vitória", diz secretário do ES

No entanto, para manter a estabilidade até que haja uma declínio na curva epidemiológica, Nésio Fernandes fez um apelo para que medidas de isolamento social sejam mantidas

Publicado em 10 de julho de 2020 às 12:46

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Máscara, coronavírus, Covid-19
Máscara, coronavírus, Covid-19. (Pixabay)

Pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria  de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que a Grande Vitória vive uma estabilização consolidada no número de novos casos, pacientes internados e novas mortes pela Covid-19. 

No entanto, para manter a estabilidade até que haja um declínio na curva epidemiológica, o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, fez um apelo para que medidas de isolamento social sejam mantidas. As afirmações foram feitas durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (10). 

"Estamos vivendo uma estabilização consolidada do número de casos na Grande Vitória e estamos iniciando a fase de recuperação nessa região, que deverá ser confirmada e acompanhada na evolução das próximas quatro semanas, onde a redução de números de casos e início da fase da recuperação deverá ser observada. Somos o terceiro estado do país a reconhecer casos da doença. Fomos um dos primeiros a adotar medidas as distanciamento social mais amplas no início da pandemia, o que permitiu retardar um pouco o avanço da curva de aceleração e do crescimento rápido da doença", afirmou.

Segundo levantamentos realizados por técnicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a taxa de transmissão do novo coronavírus no Espírito Santo tem apresentado queda, principalmente na Grande Vitória.

O número é menor que a taxa de transmissão do Estado em geral, que hoje é de 1.2. No interior, esse dado sobe para 1.6, pois a doença está avançando sobre os municípios que não integram a região metropolitana.

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Reconhecemos uma fase de estabilidade na evolução de casos novos e graves na Grande Vitória e que iniciamos uma tendência de início da fase de recuperação, onde o número total de casos novos, pacientes e número total de óbitos pode ter uma sustentada. Essa fase de recuperação precisa ser observada e confirmada. E para que ela ocorra, é necessário manter grau de coesão e adesão às medidas de higiene, evitar contato físico, aglomeração, usar as máscaras e isolamento de sintomáticos de doenças respiratórias

Secretário de Estado da Saúde
Nésio Fernandes
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LEITOS

Nésio explicou, ainda, que no final de abril e na primeira quinzena de maio houve a fase de aceleração dos casos na Grande Vitória, com uma tendência de crescimento apontada até a segunda quinzena de junho. Paralelo a isso, houve um atraso da pandemia nos municípios do interior. 

Segundo ele, esses dados, e considerando a atual estabilização da Grande Vitória, permitiram que o Estado preparasse o sistema de saúde nas diversas fases de expansão de leitos - que no início da pandemia foi de forma mais ampla.

 "Não vamos modificar as decisões que tomamos de expansão de leitos até o presente momento. Na quinta fase de expansão, podemos chegar a 800 leitos. Vamos manter a estratégia de expansão de leitos, mesmo com a redução na pressão assistencial na Grande Vitória, nas próximas semanas.  Iremos manter a capacidade do SUS em funcionar como um complexo integrado, onde vamos absorver a demanda do interior e na Grande Vitória", afirmou.

COESÃO

Já o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou que a coesão no Espírito Santo foi fundamental para os resultados alcançados até hoje.

"A permanência dessa coesão é importante porque provavelmente teremos outras ondas, aumentos de casos da doença no decorrer desse ano e talvez no ano que vem até que apareça uma vacina. Manter a coesão será fundamental para que a gente consiga superar a atual fase na doença e possamos, juntos, quando a gente novamente enfrentar um aumento de casos no futuro, estabelecer novamente regras", diz.      

MATRIZ DE RISCO

O secretário afirmou que como há curvas em comportamentos distintos na Grande Vitória e municípios do interior, a Matriz de Risco está sendo ajustada para que possa reconhecer a temporalidade e regionalidade das diversas fases da pandemia. Ele afirmou que ainda nesta sexta (10), no fim do dia, o governador Renato Casagrande vai apresentar a nova Matriz de Risco.   

"É necessário que as metodologias de reconhecimento do comportamento da pandemia sejam cada vez mais territorializadas", explicou. 

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