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Conab se prepara para deixar Jardim da Penha. Veja como está o IBC

Conab se prepara para deixar Jardim da Penha. Veja como está o IBC

União anunciou que pretende vender o imóvel e estuda ainda ceder parte da área para o Ifes. Local é utilizado atualmente para armazenamento de grãos

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 05:50

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Galpões do IBC em Jardim da Penha.
Galpões do IBC, em Jardim da Penha, estão instalados em uma área de 33 mil m². (Vitor Jubini)

No mês de fevereiro, a Companhia Nacional de Abastecimento no Estado (Conab) foi notificada a deixar os Galpões do IBC, localizados em Jardim da Penha, em Vitória, já que a União decidiu vender o imóvel. Desde então, a empresa vem se preparando para sair do local.

O primeiro passo, segundo Kerley Mesquita de Souza, superintendente regional interino da Conab-ES, foi reduzir o armazenamento logo após receber o comunicado da Superintendência de Patrimônio da União (SPU). "Recebemos um ofício comunicando o interesse no imóvel. Desde então reduzimos o armazenamento. Continuamos operando e vamos continuar operando, mas com um volume menor de estoque, sem deixar de atender os segmentos, os produtores rurais e as comunidades quilombolas e indígenas", explicou.

Os Galpões do IBC estão instalados em uma área de 33 mil m² e possuem uma capacidade de armazenagem de 42 mil toneladas, distribuídas em dois armazéns: com espaço para 30 mil toneladas, e outro galpão para 12 mil toneladas. "Todos muito bem conservados e cuidados", disse Mesquita.

Confira como está a situação dos galpões:

NOVA ÁREA

A expectativa é de que a nova área a ser ocupada por eles tenha uma capacidade de armazenagem de até 30 mil toneladas. "Queremos uma unidade mais moderna, com um silo metálico ao lado de um armazém convencional, para armazenamento de milho, café, feijão, arroz, além das cestas básicas", explicou o superintendente.

O novo espaço ainda não foi definido. A proposta inicial é de que eles ocupariam o Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, mas após protestos do setor cultural e articulação política, o imóvel deverá ser cedido para o governo do Estado, segundo informou na última quarta-feira (13), o superintendente nacional de Patrimônio da União, Fernando Antônio Bispo.

O que acabou deixando a Conab sem um espaço não só para o armazenamento, mas ainda para seu laboratório de classificação de grãos e as áreas administrativas. Segundo Mesquita, mais de 500 produtores do programa social de abastecimento Vendas em Balcão compram milho direto nos galpões. "São pequenos criadores do entorno que dependem de milho para as suas atividades, para manter rebanhos bovino (leite e corte), caprino, suíno, aves (corte e postura). Eles dependem deste programa", afirmou.

No local, há ainda um posto de classificação de grãos, que emite certificado e laudo de classificação. "Só este ano, classificamos mais de 40 mil sacas de café que foram exportadas para a Rússia. Todo o milho que chega também tem que ser classificado para atender ao padrão que o Ministério da Agricultura exige", relatou o superintendente regional.

O local é ainda utilizado para a confecção de cestas básicas do governo federal que são distribuídas para as comunidades indígenas e quilombolas do Espírito Santo e Rio de Janeiro. E ainda para armazenamento de kits da Defesa Civil, como colchão, água mineral, travesseiro e cobertor. "É uma unidade modelo no país, com sistema de combate a incêndio e o de proteção de descargas atmosféricas."

VENDA DA ÁREA

No final do mês de julho, a SPU anunciou a venda de 12 imóveis no Estado, incluindo os Galpões do IBC. Na última quarta-feira,  Bispo informou, em reunião com a senadora Rose de Freitas, que estuda ceder parte da área para o Ifes.

Imagens de drone dos galpões do Instituto Brasileiro do Café, o IBC, em Jardim da Penha, Vitória, ES.
Vista aérea dos Galpões do Instituto Brasileiro do Café, o IBC, em Jardim da Penha. (Vitor Jubini)

Um estudo está sendo realizado, em parceria com o Ifes e o Ministério da Educação, para saber qual parte do imóvel poderá ser cedido para a instituição educacional. O restante do imóvel, porém, seria vendido até o mês de novembro, data em que está prevista a realização do leilão.

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