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Eleições 2020: Célia quer polo cultural e Euclério defende lei de incentivo em Cariacica

Eleições 2020: Célia quer polo cultural e Euclério defende lei de incentivo em Cariacica

Petista quer reforçar uso de espaços públicos de Cariacica para a cultura se tornar referência e candidato do DEM à Prefeitura de Cariacica aposta em investimentos e auxílios

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 09:00

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Eleição 2020 - Vencedor Cariacica - Euclério Sampaio e Célia Tavares
Euclério Sampaio (DEM) e Célia Tavares (PT) concorrem à Prefeitura de Cariacica no segundo turno das Eleições 2020 no Espírito Santo. (Facebook/Arte Geraldo Neto )

Da Grande Vitória, talvez Cariacica seja a cidade mais desafiadora para o prefeito conseguir dar conta de todo a sua gama cultural. Isso porque além do polo urbano, o município possui uma zona rural rica em congo, artesanato e atividades artísticas que estão frequentemente deixadas em segundo plano. Para amarrar tudo, Célia Tavares (PT) e Euclério Sampaio (DEM) apostam em fichas diferentes, mas que pretendem atingir o mesmo objetivo – o de contemplar a totalidade da classe artística de forma igualitária.

Em meio à crise gerada pela Covid-19, a atual gestão até conseguiu administrar de forma regular a assistência aos agitadores culturais, mas para 2021 o empenho ainda terá que ser grande. Esse é um dos pontos que motiva os dois candidatos a quererem investir em espaços físicos que possam servir de ocupação para a arte.

ESPAÇOS CULTURAIS

Se depender de Célia, a cidade vai ganhar, definitivamente, um polo cultural para concentrar grande parte dessas atividades. Ela quer, inclusive, usar outros espaços públicos subutilizados para sediarem programação artística enquanto um local mais estruturado não pode ser construído.

"Se você criar um espaço, tem que ter um tempo maior. O que queremos, de fato, é criar um centro de referência para a cultura, mas isso demanda esse tempo. Mas existem espaços, como praças e escolas municipais, que podem ser locais de atividades culturais até lá", exemplifica a petista.

Euclério também não descarta a possibilidade do uso desses locais para fomentar a cultura, mas também pensa na criação de um local específico para isso.

CRISE DA PANDEMIA

Célia reforça que vai concentrar os investimentos que fizer em manutenção de espaços e novos locais que vão servir como casas de cultura integrada, oferecendo de música a literatura à população. Questionada sobre ações específicas contra a recessão provocada pelo coronavírus, diz: "Há uma proposta nesse sentido, que é ligada à cultura e saúde mental. Muita gente entrou em depressão pelo isolamento e queremos fazer da cultura um agente de combate e de tratamento da saúde mental".

Nesse meio tempo, a representante do PT rebate na tecla de que vai apostar em uso de espaços públicos para promoção cultural em seu primeiro ano de governo, caso seja eleita no próximo domingo (29).

Já o representante do Democratas relata que quer manter os programas de auxílio que estão em vigor na cidade. "Precisamos manter os programas de auxílio e incentivos ao setor cultural, já que a cultura, além de ser exemplo de lazer, tem forte papel social na educação e segurança pública. Com o fim da pandemia, também vamos precisar atrair turistas para a cidade para gerar emprego e renda", completa.

LEI DE INCENTIVO

Além de manter o auxílio para artistas afetados pela crise da pandemia, Euclério conclui que vai investir, financeiramente falando, no setor cultural. Ele quer reforçar a Lei João Bananeira, de incentivo à cultura, e fortalecer o artesanato da cidade. O candidato do Democratas acredita que só com esse artifício, junto de tudo o que já foi feito na cidade, os problemas maiores que englobam a classe artística prejudicada pela Covid-19 serão sanados.

Célia reafirma que também quer fortalecer a lei de incentivo. E detalha: "Precisamos criar estruturas necessárias para termos as atividades culturais que a lei patrocina. Nas nossas reuniões, os artistas apontam que muitas vezes conseguem ser contemplados pela lei, mas depois têm dificuldade de divulgar o trabalho e os resultados dos projetos. Então voltamos à nossa primeira medida, que é de usar espaços públicos para esses fins até construirmos um local específico para isso".

Por meio da lei e de outros ativos da cultura, a petista reflete: “Sonho em ver Cariacica, por exemplo, tendo um festival de chorinho, de jazz... Há condições para isso e para fazer de um evento desses uma tradição. Nós temos o hip hop, que é rico, e podemos explorar isso também”.

O adversário de Célia defende que a zona urbana de Cariacica receba, também, grandes eventos e festivais. “Na zona urbana, temos que incentivar a realização de feiras e eventos para que o artesanato possa ser exposto e comercializado, assim como as expressões culturais possam ser externalizadas”, pondera.

ZONA RURAL

Se na zona urbana, como Célia pontua, o hip hop é bastante frequente na cena cultural. Uma das atividades que mais se vê na área rural é o congo e seus braços culturais. "A Folia de Reis é outra atividade muito rica e que pode ser contemplada pelas nossas ações", diz a petista, que também quer promover o turismo em torno desse planejamento.

Euclério também pontua especificamente sobre o tema: "Na zona rural, o foco é no agroturismo. Temos uma natureza exuberante que precisa ser divulgada. É um refúgio com cultura, artesanato e esporte de aventura na Região Metropolitana da Grande Vitória".

VOTOS E PESQUISA IBOPE

O resultado configura empate técnico, mas apenas considerando-se o extremo da margem de erro, de cinco pontos percentuais para mais ou para menos. Por exemplo, se Euclério tivesse cinco pontos a menos, iria para 39% e se Célia tivesse cinco pontos a mais, chegaria a 43%.

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