O que pensar sobre o que pensam os candidatos ao governo do ES?

Série que instigou os candidatos a mostrarem propostas de forma sucinta sobre temas específicos e relevantes para o Estado deu ao eleitor um bom panorama do envolvimento de cada um

Publicado em 20/09/2022 às 01h00
Palácio Anchieta
Palácio Anchieta, sede do governo estadual no ES. Crédito: Hélio Filho / Secom

A grande sacada da série "O que os candidatos ao governo do ES pensam sobre", publicadas em A Gazeta dos dias 5 a 16 de setembro, foi traduzir aquelas que são as grandes áreas de atuação governamental (saúde, educação, cultura, segurança pública, infraestrutura, economia e ação social), geralmente tratadas de forma genérica nas campanhas por serem elas próprias muito amplas, em  temas mais objetivos, com os desafios que têm nome e sobrenome dentro de cada uma delas, como se pode ver a seguir: 

Quando as perguntas são mais específicas, as respostas, para serem satisfatórias, precisam ser objetivas, sem os rodeios tão comuns em período eleitoral. O eleitor é prático: quer ação, não elucubração. Cada candidato teve um limite para a resposta de 600 caracteres: obviamente um pequeno espaço para uma dissertação, mas o suficiente para pontuar o que pretende fazer se for eleito para o Palácio Anchieta. Dava até para dizer "como" pretende fazer.

O desempenho foi mediano: os candidatos conseguiram passar a mensagem com a objetividade necessária, mas também pecaram com respostas genéricas ou gastando o espaço já rarefeito com provocações ou ligeiras fugas do tema. Sobretudo nas temáticas mais complexas, como o combate à pobreza, faltou robustez nas propostas. Assim como o próprio papel do governo do Estado na articulação pela modernização das BR 101 e BR 262 ficou pouco destacado.

Em alguns tópicos ligados às áreas que são atribuições do governo estadual, como abandono escolar, os pleiteantes ao Palácio mostraram um discurso quase alinhado no que diz respeito aos desafios da educação e a busca por qualidade. O mesmo alinhamento apareceu no tema "guerra de facções",  sem grandes variações de propostas, a maior parte delas estruturantes. Já sobre o futuro da Terceira Ponte, cuja concessão se encerra em dezembro de 2023, e a superlotação do Transcol, no geral as respostas deixaram a desejar. Assim como o futuro do Cais das Artes.

O que pensar sobre o que pensam os candidatos do ES sobre esses desafios? Sobretudo que é possível elaborar melhor as soluções, com mais qualidade propositiva. Mas sem negar que houve um esforço em condensar os planos de ação, quando os candidatos pareciam se sentir mais confortáveis com os tópicos. Para aqueles que desejam se aprofundar nas propostas gerais,  A Gazeta lançou uma ferramenta para facilitar a vida do eleitor. E nesta semana o site e a CBN Vitória também realizam sabatinas diárias com os candidatos. As oportunidades para se aprofundar nas eleições 2022 estão aí!

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