Café do ES está colhendo o próprio sucesso

Com safra histórica a caminho, produção no Espírito Santo se moderniza a olhos vistos, sem deixar de lado a sustentabilidade, e busca superar os desafios logísticos para suprir as carências nacionais

Publicado em 04/07/2025 às 01h00
Plantação de Café
Plantação de café. Crédito: Divulgação/Conta Café

Com 90% da safra colhida, como adiantou o colunista Abdo Filho, a Secretaria de Estado da Agricultura já confirma que ela ficará acima da de 2022, a maior da série histórica no Espírito Santo, quando foram colhidas entre 15 e 16 milhões de sacas de conilon. O novo recorde deve ficar em 18 milhões de sacas, a serem confirmados em breve, com o fim da colheita.

A expectativa dessa safra histórica se deu neste ano em meio aos preços recordes do conilon no primeiro trimestre deste ano, com a saca de 60 quilos acima dos R$ 2 mil, o que motivou alguns produtores a anteciparem a colheita. Neste início de julho, o valor da saca está pouco acima dos R$ 1 mil, mas boa parte da produção foi negociada antecipadamente.

O café conilon, internacionalmente competitivo, tem feito parte de um processo de modernização que acompanha todo o agronegócio capixaba, como está sendo mostrado nesta semana no evento TecnoAgro, realizado em Nova Venécia até este sábado (5) dentro da  Feira Agro Natercoop. A produção do café é beneficiada pelos avanços da irrigação inteligente, com 30% de aumento em produtividade.

setor produtivo e o governo estadual também buscaram ampliar os horizontes com a participação, nesta semana, no 10º Coffee Dinner & Summit, em Campinas, encontro organizado pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Marcaram presença para se apresentarem não só como uma alternativa de produção, mas reforçando as ambições locais em sustentabilidade, com a meta de alcançar até 2030 o número de 35 mil propriedades dentro dos padrões internacionais nesse quesito.

Os representantes também foram apresentar os investimentos em infraestrutura logística no Estado. Tudo o que está em andamento ou projetado em portos, complexos logísticos, aeroportos, ferrovias e rodovias. A capacidade de escoar a produção local e nacional é o que vai colocar o Espírito Santo em um patamar de competitividade. Não se pode esquecer o apagão logístico vivido no ano passado. O dinamismo logístico é o que pode fazer diferença: também no ano passado, o Portocel, em Aracruz,  realizou primeiro embarque de café de sua história.

O ano de 2024 também foi o ano em que os valores das exportações de café pelos portos capixabas (US$ 2 bilhões) mais se aproximaram das vendas externas de minério de ferro (US$ 3 bilhões) e ultrapassassaram a de ferro e de aço (US$ 1,8 bilhão). O café capixaba segue colhendo seu próprio sucesso, com números superlativos e inéditos, o que só se consegue com organização, planejamento e investimentos. 

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