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Publicado em 3 de julho de 2025 às 09:48
O campo capixaba está passando por uma transformação, impulsionada principalmente pela inovação tecnológica. A cultura do café, um dos pilares da economia e do agro no Espírito Santo, é uma das que têm se beneficiado das inovações. >
Um exemplo disso é o uso de drones para monitoramento e controle das lavouras, bem como sistemas de irrigação inteligente que ajudam a otimizar o uso da água. A tecnologia tem resultado no aumento da produtividade e na garantia de sustentabilidade no meio rural.>
Todo esse ambiente de tecnologia e inovação está relacionado à chamada implantação da agricultura 5G, que tem feito o Espírito Santo se destacar no agronegócio nacional. Mesmo com pequenas dimensões territoriais, o Estado é líder na produção e exportação de diversos produtos agrícolas. >
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, explica que a agricultura 5G representa a chegada de um nível tecnológico mais intenso. E não se limita apenas às inovações de sistemas de produção agrícola em si, mas também integra softwares e programas que auxiliam o produtor nas tomadas de decisão.>
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O assunto será destaque no TecnoAgro, maior evento de conteúdo e capacitação voltado para o agronegócio no Espírito Santo, que neste ano estará junto da Feira Agro Natercoop, de quinta-feira (3) a sábado (5), no Parque de Exposições Luiz Henrique Altoé, em Nova Venécia, no Noroeste do Estado. >
Segundo Bergoli, o uso dessas novas tecnologias, tanto direcionadas para o sistema de produção quanto para a gestão dos negócios, é o que confere competitividade ao agronegócio capixaba. >
Ele enfatiza que somente uma agricultura competitiva, utilizando tecnologias de última geração, seja nas ciências agrárias, na produção ou na gestão, consegue alcançar os mercados mais exigentes do mundo. Graças a isso, em 2024, os produtos do agro capixaba foram para 125 países.>
No caso da cafeicultura, um dos destaques é o avanço da tecnologia de irrigação inteligente, com sistemas automatizados especialmente no cultivo do café conilon. Embora a irrigação já esteja sendo usada há vários anos, equipamentos mais avançado têm ganhando espaço no campo capixaba.>
Enio Bergoli
Secretário de Estado da AgriculturaFabiano Tristão, coordenador de cafeicultura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), detalha que nos últimos anos houve um incremento muito forte na irrigação localizada, tecnologia levada para cafeicultores de todo o Estado. A maior parte utiliza sistemas de gotejamento e gotejamento enterrado.>
Tristão detalha que a irrigação totalmente automatizada permite ao agricultor ligar e desligar o sistema remotamente, por meio de aplicativos de celular, desde que haja sinal de internet.>
Segundo Tristão, a tecnologia na irrigação tem resultado em incremento de pelo menos 30% da produtividade. "Outro benefício é o fato de minimizar os riscos das mudanças climáticas. O principal problema que temos é a irregularidade de precipitação. Tendo água disponível e tendo uma irrigação bem dimensionada, minimiza esse problema", afirma.>
O papel da irrigação na cafeicultura será tema de palestra no sábado (5), no TecnoAgro. Quem vai apresentar o tema “Irrigação do café: o caminho para altas produtividades” é o consultor da Expert Irrigação Luan Peroni Venancio.>
Venancio acrescenta que o caminho para altas produtividades envolve um projeto bem elaborado e manejo contínuo de irrigação. E os drones também têm sido usados na elaboração das iniciativas, para fazer um mapeamento preciso das áreas produtivas.>
"Isso permite desenhar o projeto em cima da área real, facilitando o trabalho. Fazer a irrigação no tempo certo é o caminho para a alta produtividade", afirma.>
Os drones agrícolas, por exemplo, começaram a ser comercializados pela Nater Coop, cooperativa referência no agronegócio capixaba, no ano passado. O papel do equipamento é fazer monitoramento e atuar nas lavouras para pulverização, no controle de pragas e doenças, na dispersão de fertilizantes e até para semear áreas de pastagens. >
“A utilização do drone nas lavouras, aqui no Espírito Santo, vem crescendo significativamente e a Nater Coop está atendendo a uma demanda crescente dos produtores desta região, que é um ponto estratégico da agricultura capixaba. O espaço está pronto para atender cooperados e não cooperados e é um marco inovador para a cooperativa”, afirma Denilson Potratz, presidente da Nater Coop.>
E para dar assistência aos produtores que utilizam o equipamento, a Nater Coop inaugurou recentemente a primeira assistência técnica para drone agrícola na região Serrana do Espírito Santo. >
O espaço, localizado em Santa Maria de Jetibá, atende em conjunto com a empresa Agridrones, parceira da Nater Coop desde 2024 que conta com profissionais especializados e certificados.>
O secretário Enio Bergoli detalhou alguns benefícios proporcionados pelo uso das novas tecnologias no campo no Espírito Santo.>
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