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Com colheita na reta final, café conilon vai confirmar safra histórica no ES

Pelas estimativas da Secretaria de Estado da Agricultura, cerca de 90% da safra já foi colhida. É quase certo que ficará acima da de 2022, a maior até agora

Vitória
Publicado em 03/07/2025 às 03h50
Agronegócio 5.0: Fazenda Três Marias, em Linhares, aposta em tecnologia, como uso de sensores, além de integração floresta, lavoura de café, milho coco, frutas e milho e criação de gado. Negócio é administrado por Leticia Lindenberg
Plantação de café conilon em fazenda de Linhares, Norte do Espírito Santo. Crédito: Fernando Madeira

A colheita do café conilon, principal produto do agronegócio capixaba, chegou à reta final. Pelas estimativas da Secretaria de Estado da Agricultura, cerca de 90% da safra já foi colhida. Ainda não dá para estimar exatamente o tamanho da safra, mas já é possível afirmar que as previsões acertaram e a safra será histórica. É quase certo que ficará acima da de 2022, a maior até agora, quando foram colhidas entre 15 e 16 milhões de sacas de conilon. A estimativa para 2025, feita pelo mercado, segue em 18 milhões de sacas. Se confirmada, será a maior da história, com, no mínimo, 2 milhões de sacas a mais.

"A colheita do conilon está praticamente feita, já temos a certeza de que teremos uma safra recorde, que vai superar a de 2022. O conjunto do Espírito Santo terá uma safra grande e com frutos de qualidade, o que é extremamente relevante, afinal, teremos volume e qualidade", explicou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

A Cooabriel, maior cooperativa de conilon do Brasil, que está recebendo milhares de sacas em seus armazéns da Bahia e do Espírito Santo diariamente, compartilha do mesmo otimismo. "Mesmo com os desafios enfrentados pelos produtores durante a safra, observa-se um volume de café maior do que o esperado nas propriedades. E, independentemente da quebra de rendimento, a safra de 2025 será maior que a de 2024. Ferramentas como fertirrigação localizada, análises de solo e de tecido vegetal, além do monitoramento do percentual de grãos maduros para a colheita, quando utilizadas de forma correta, podem mitigar possíveis problemas relacionados ao rendimento do café beneficiado", explicou Henrique Capucho, engenheiro da Cooabriel.    

A safra atual teve uma questão peculiar. O primeiro trimestre do ano, antes, portanto, da hora correta da colheita, foi de preços recordes do conilon, com a saca de 60 quilos superando os R$ 2 mil. Hoje, está em R$ 1.065. Alguns produtores, de olho nas cotações elevadas, anteciparam a safra e os frutos acabaram perdendo peso. Algumas regiões também  enfrentaram altas temperaturas e menores níveis de chuva em janeiro, prejudicando a parte nutricional. Ainda assim, essas dificuldades foram pontuais e, na média, a quantidade de frutas por pé foi maior, assim, o rendimento médio acabou sendo bastante interessante.  

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