
O Espírito Santo - setor produtivo e governo - vai se apresentar ao mundo do café como alternativa de produção, logística e sustentabilidade. Uma comitiva relevante (e com discurso alinhado) do Estado participará, nesta semana, do 10º Coffee Dinner & Summit, em Campinas, encontro organizado pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e que reunirá lideranças brasileiras e internacionais da indústria cafeeira.
Com uma produção estimada em 21 milhões de sacas nesta safra, o Espírito Santo é uma das raras origens mundiais que entrega, com escala e qualidade, as duas principais espécies: arábica e canéfora (conilon e robusta). Sob o aspecto da sustentabilidade, o grande argumento será: a meta é alcançar, até 2030, 35 mil propriedades com currículo de sustentabilidade implantado, prontas para entrar nos mercados mais exigentes do mundo. Até o final de 2025, serão 8 mil nesta situação.
Por fim, virá a infraestrutura de escoamento, cartada considerada decisiva pelos capixabas. O Estado irá detalhar os investimentos em estrutura logística (portos, complexos logísticos, aeroportos, ferrovias e rodovias) em andamento e projetados para o Espírito Santo. "Todo mundo sabe que a produção vai crescer muito e há capacidade para mais, mas todos estão preocupados com a capacidade de escoamento. Vamos mostrar o que está acontecendo por aqui e provar que temos capacidade produtiva e logística com sustentabilidade", explicou Michel Tesch, subsecretário de Agricultura do Espírito Santo.
De acordo com Cecafé, entraves na logística e o esgotamento da infraestrutura portuária do Brasil são apontados pelos agentes da exportação de café como os principais problemas enfrentados pelo setor. Só em abril, o setor não conseguiu embarcar 737.653 sacas de 60 kg, o equivalente a 2.236 contêineres. Os atrasos de navios são regulares, assim como as omissões e alterações de escalas das embarcações. O cenário impõe elevações pesadas no custo logístico, reduzindo as margens e tirando competitividade da produção brasileira.
O horizonte é interessante para o principal produto do agronegócio do Espírito Santo e para toda a cadeia do entorno.
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