
A grande notícia do dia, no que diz respeito à infraestrutura do Espírito Santo, é o leilão, realizado na B3, que colocou um ponto final na novela que tinha virado a concessão da BR 101 no Estado. Após uma longa (e até então inédita) renegociação do contrato iniciado lá em 2013 e devolvido para a União em 2022, a EcoRodovias (por meio da Ecovias 101) seguirá à frente do negócio. Mas essa não foi a única informação relevante da quinta-feira (26). George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes e que representou o ministro Renan Filho no leilão, apresentou um plano de ação que, caso saia mesmo do papel, muda a realidade logística do Espírito Santo.
"O projeto executivo da BR 262 já está em andamento e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) pode ser que consiga iniciar a contratação de obras ainda em 2025. Sobre o leilão de concessão da 262, nós vamos fazer no ano que vem. Além disso, queremos abrir a rodada de concessões ferroviárias pelo Arco Ferroviário Sudeste, que é a EF 118, entre Vitória e Rio de Janeiro, conectando dez portos. Nossa previsão é fazer o leilão também em 2026. Trata-se de um pacote que consolida o Espírito Santo como plataforma logística do país. Algo muito relevante", assinalou.
A 262 já foi colocada à disposição do mercado em duas oportunidades, mas não apareceram interessados. O governo federal entende que com um projeto executivo pronto e com o início das obras financiadas com recursos públicos o negócio fica mais atrativo e o desfecho tem tudo para ser diferente.
Santoro também falou sobre as negociações da renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica, que faz a conexão entre o Brasil Central e os portos do litoral, entre eles os do Espírito Santo. Outro tema para lá de relevante dentro da pauta logística do Estado. "Os ministros Renan Filho e Rui Costa (Casa Civil) fizeram uma reunião esta semana e querem uma nova proposta da VLI. Queremos fechar isso até agosto. É uma negociação complexa, afinal, é a maior malha ferroviária do país, corta vários estados, portanto, são muitos os interesses legítimos a serem considerados".
O contrato da VLI vence em junho de 2026, caso não haja um acordo, será feito um novo leilão.
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