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É vice-governador, apresenta neste espaço temas e reflexões sobre os setores que contribuem para o desenvolvimento social e econômico das pessoas e do Espírito Santo

Sua Excelência, o fato: o ES está organizado e no caminho certo

No livro "Factfulness: O hábito libertador de só ter opiniões baseadas em fatos", o autor chama a atenção para nossa tendência de selecionar os fatos mais dramáticos para formar opiniões, ignorando dados que poderiam nos mostrar uma realidade diferente

  • Ricardo Ferraço É vice-governador, apresenta neste espaço temas e reflexões sobre os setores que contribuem para o desenvolvimento social e econômico das pessoas e do Espírito Santo
Publicado em 28/06/2025 às 05h30

Há vários fatores que contribuem para o sucesso de qualquer empreendimento, pessoal, empresarial ou público. Organização e planejamento fazem parte de qualquer manual sobre o tema. Mas o que é simples de enunciar nem sempre é fácil de colocar em prática. Especialmente quando falamos de governos, marcados por mudanças periódicas no poder associadas ao processo e visões distintas no comando.

Isso eleva, e muito, o valor de termos a casa organizada no Espírito Santo. Os reconhecimentos são múltiplos e reforçam a percepção positiva:

  • Há 13 anos, somos nota A em capacidade de pagamento, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2024, recebemos nota A+ devido à transparência na gestão.
  • No Ranking de Competitividade dos Estados, do CLP (2024), o ES ocupa o 1º lugar em solidez fiscal. Estamos em 2º, praticamente empatado com o Mato Grosso do Sul, em capacidade de investimentos.
  • No ranking Compara Brasil (AEQUUS), edição 2025, mantivemos pelo terceiro ano consecutivo a liderança em solidez fiscal.
  • No Boletim de 2025 do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (COMSEFAZ), o Espírito Santo se destaca entre os melhores em todos os aspectos do cenário fiscal estadual, com destaque para a relação dívida/receita, que é negativa. Ou seja, somos credores!

Embora a responsabilidade fiscal seja essencial para assegurar uma gestão minimamente organizada, ela não é um fim em si mesma. Só faz sentido quando está a serviço da entrega de resultados e da geração de valor para a população. Afinal, o setor público não gera riquezas. Quem faz isso são os trabalhadores, empreendedores e as empresas, com seus esforços e dedicação. A organização das contas públicas ajuda, mas não garante, por si só, um bom governo.

É aí que entra o planejamento, antecipando ameaças e promovendo o aprimoramento contínuo das políticas públicas. Quem planeja tem futuro, quem não planeja tem destino. Repetimos com frequência: “O Espírito Santo é o Brasil que dá certo”.

Ao longo dos últimos anos, superamos dificuldades em diversas áreas, muitas vezes deixando de ser referência negativa para nos tornarmos exemplo positivo. Prova concreta de que, com determinação e rumo certo, é possível avançar.

Os avanços na segurança pública são emblemáticos dessa trajetória. De estado com o maior índice de homicídios do país, hoje já estamos abaixo da média nacional com progressos impulsionados por programas inovadores na área.

Neste ano, a violência passou a aparecer como a principal preocupação da população em pesquisas de opinião, à frente da economia, das questões sociais e da saúde. Essa percepção tem gerado muitos discursos alarmistas e oportunistas.

No livro "Factfulness: O hábito libertador de só ter opiniões baseadas em fatos", o médico e acadêmico sueco Hans Rosling chama a atenção para nossa tendência de selecionar os fatos mais dramáticos para formar nossas opiniões, ignorando uma imensidão de dados que poderiam nos mostrar que a realidade é um pouco diferente.

Se olharmos retrospectivamente, a violência no Espírito Santo tem diminuído continuamente e segue sendo um tema absolutamente prioritário.

Palácio Anchieta, Vitória
Palácio Anchieta, Vitória. Crédito: Ricardo Medeiros

Iniciamos 2025 com a menor taxa de homicídios dos últimos 29 anos. E a tendência é avançarmos cada vez mais. O governo está agindo! Na edição de 20 de junho da Revista Veja (nº 2949), a atuação do Governo do Espírito Santo na área de segurança pública foi destacada como um ponto positivo fora da curva.

A lista de ações é extensa:

  • Programa Estado Presente, que integra segurança, educação e cultura em áreas vulneráveis;
  • Criação da Polícia Científica;
  • Recomposição dos quadros de soldados e oficiais da Polícia Militar;
  • Seleção de 1.052 novos agentes para a Polícia Civil.

A isso se somam importantes conquistas em áreas essenciais. Somos líderes nacionais na formação dos jovens do Ensino Médio, nas classes comum e ensino profissional, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A violência é um tema fundamental e merece estar no centro do debate público. Mas é igualmente essencial reconhecer o que está dando certo. Isso é organização e planejamento. É respeito pelo trabalho e dinheiro da sociedade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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