Publicado em 5 de maio de 2025 às 08:00
- Atualizado há 7 meses
Em agosto do ano passado, a Volkswagen apresentou a linha 2025 da Amarok no Brasil, com uma atualização visual e novos equipamentos. A reestilização da picape média produzida desde 2010 na fábrica de General Pacheco, na Argentina, buscou manter o modelo competitivo na América do Sul – especialmente no Brasil. >
Nos mercados da Europa, África, do Oriente Médio e da Oceania, já é comercializada a segunda geração da Amarok – que foi apresentada em 2022 e compartilha a plataforma com a rival Ranger. Mas essa não será a estratégia da Volkswagen por aqui, já que a montadora divulgou, no início de abril, que a base do modelo para a América do Sul vai ser a mesma do modelo chinês em parceria com a Saic, que inclusive, foi apresentado no Salão de Xangai deste ano. O investimento divulgado será de US$ 580 milhões para que sua produção comece em 2027. >
Portanto, a atual geração deverá está no mercado por mais alguns anos. Atualmente a linha 2025 da picape da Volkswagen é oferecida em três versões – Comfortline (R$ 313.990), Highline (R$ 332.990) e Extreme (R$ 354.990) –, todas com tração 4x4 permanente 4Motion, cabine dupla e garantia de cinco anos. >
Na linha 2025 da versão sul-americana da Amarok, os designers mexeram em detalhes para aprimorar a aparência de robustez e aprofundar a similaridade com modelos mais recentes da marca – como os SUVs Taos e Nivus. Com novos para-choques, grade, capô, rodas e o novo conjunto óptico – com faróis full-led com ajuste elétrico de altura e luzes diurnas integradas, auxiliares de neblina e faixa de luz de leds na grade frontal –, a dianteira ficou mais imponente.>
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Atrás, foram redesenhados o para-choque, as lanternas e o emblema da marca – e mudou o posicionamento do nome “Amarok”, que agora fica na parte central da tampa da caçamba. Por conta dos para-choques mais protuberantes, a picape cresceu 9,6 centímetros em comprimento. >
Na configuração Comfortline, as rodas são de 17 polegadas, na Highline, 18 polegadas, e a Extreme vem com 20 polegadas. Em todas as configurações, os freios têm discos ventilados nas quatro rodas. A capacidade de carga útil, de 1.104 quilos, é a maior do segmento de picapes médias. >
No portfólio de cores para a versão Extreme, há as opções Branco Puro (a do modelo testado), Cinza Oliver, Preto Mystic, Prata Pyrit e Cinza Indium. A Branca Puro não encarece o modelo, mas as outras acrescentam R$ 1.750 ao preço final. >
Para a configuração “top” da Amarok, são disponibilizados opcionalmente os pacotes Hero e Dark. O primeiro é disponível apenas para a escolha da cor Cinza Oliver e sem custo adicional, agregando santantônio em preto brilhante, com maçanetas das portas e logotipos traseiros no mesmo tom, além de capas dos parafusos das rodas e rodas de liga leve de 20 polegadas escurecidas.>
No pacote Dark, oferecido por R$ 1.570 para as outras quatro cores, a picape incorpora detalhes em preto nos para-choques, emblemas traseiros e maçanetas, com as rodas de liga leve de 20 polegadas também escurecidas. A capota marítima para a caçamba (opcional presente no modelo testado) acrescenta R$ 1.670 à fatura. >
O motor continua a ser o turbodiesel 3.0 V6, que é a única opção de motorização da Amarok disponível no Brasil, com 258 cavalos de potência e 59,1 kgfm de torque, associado à transmissão automática ZF de 8 marchas. >
Está entre os mais potentes da categoria e, segundo a Volkswagen, proporciona uma aceleração de zero a 100 km/h em oito segundos. A função Overboost acrescenta 14 cavalos durante dez segundos na faixa de 50 km/h a 140 km/h, que leva o conjunto aos 272 cavalos.>
Na Argentina, além do V6, são oferecidas variantes com o 2.0 TDI de quatro cilindros, uma com 140 cavalos e outra biturbo de 180 cavalos. >
Na segurança, as novidades da linha 2025 da Amarok são o airbag de cabeça (até então, havia apenas os frontais e laterais) e o assistente de condução Safer Tag, da Mobileye, com avisos de saída de faixa e de colisão frontal, monitoramento de tráfego, indicação de limite de velocidade máxima e monitoramento de pressão de pneus.>
Para os que gostam de explorar caminhos inóspitos, destaque para a tração 4x4 permanente 4Motion, o assistente de partida em subida, o controle automático de descida e o ABS off-road. E a linha 2025 da Amarok V6 inaugurou ainda a Blindagem Vale+ – que é 80 quilos mais leve, tem vidros mais transparentes e não altera a garantia oferecida pela Volkswagen.>
Dentro da Amarok Extreme V6, foi preservado o espaço habitual da picape média, com capacidade para levar cinco pessoas com conforto. Todavia, apesar de uma ou outra evolução estética, o interior deixa transparecer um aspecto um tanto “vintage” em relação às picapes concorrentes, todas com aspecto mais contemporâneo.>
O painel de instrumentos tem mostradores analógicos e uma pequena tela central monocromática. O acabamento dos painéis, em plástico duro, talvez seja despojado demais para a faixa de preço da versão. A partida é com a chave e não há regulagem de altura no cinto de segurança para o motorista nem trava elétrica para a tampa da caçamba – para ser aberta ou trancada, é preciso usar a chave. >
Os bancos são em couro sintético perfurado, com ajustes elétricos nos dianteiros. O volante multifuncional é revestido em couro sintético com costuras aparentes em cinza e tem regulagem de altura e distância.>
A central multimídia Composition Touch com tela de 9 polegadas sensível ao toque representa uma evolução em relação ao multimídia anterior da Amarok, que tinha uma telinha de 6,3 polegadas. É mais simples que o VW Play dos modelos mais recentes da marca, mas conta com conexão com Apple CarPlay e Android Auto – apenas por cabo – e traz navegação nativa.>
Foram acrescentadas uma porta USB-A no console, na frente, e duas USB-C atrás. O painel traz display colorido com efeito 3D e computador de bordo, além do singelo mostrador redondo do assistente de condução Safer Tag, instalado em cima do multimídia.
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Quinze anos depois da Amarok ser lançada, a Volkswagen talvez nem pretenda mais que ela dispute a liderança de vendas entre as picapes médias. Mas não pode ficar de fora de um dos segmentos mais aquecidos do mercado nacional. No trânsito urbano – onde veículos desse porte não são o transporte mais recomendável –, a Amarok convive com as restrições de mobilidade inerentes ao seu tamanho.>
Manobrar ou estacionar requerem atenção e espaços ampliados. Na estrada, a picape fica bem mais à vontade. O 3.0 V6 turbodiesel desenvolve 258 cavalos de potência, torque de 59,1 kgfm de 1.450 a 3.200 rpm e trabalha associado a uma transmissão automática de 8 marchas – que podem ser acionadas manualmente pelos “paddles shifters” no volante.>
O V6 entrega boas doses de potência, aceleração e agilidade para permitir ultrapassagens confiáveis. Quando o motorista achar que precisa de mais força, a turbina de geometria variável e a função Overboost acrescentam 14 cavalos durante dez segundos na faixa de 50 km/h a 140 km/h, totalizando 272 cavalos. Basta pisar fundo que o gerenciamento eletrônico ajusta a turbina para ampliar o fluxo de ar e elevar a potência.>
O “overboost” atua em velocidades entre 50 e 120 km/h para garantir força adicional em ultrapassagens. O conjunto permite à picape de 2.191 quilos um rodar sempre esperto, de causar inveja a carros menores. >
Quando deixa o asfalto para trás, a picape da Volkswagen encara eventuais obstáculos de forma convincente. Nas estradas de terra e nas trilhas, detalhes como a tração 4x4 permanente 4Motion (4x4 por demanda), o assistente de partida em subida, o controle automático de descida e o ABS off-road colaboram bastante.>
A tração 4Motion é integral do tipo AWD, ou seja, distribui a força entre as quatro rodas eletronicamente. Não há seletores de tração, e o conjunto não oferece reduzida. O câmbio bem escalonado simplifica a vida do motorista. >
A segurança da Amarok Extreme V6 é reforçada pelos freios a disco nas quatro rodas com ABS, bloqueio mecânico do diferencial e controle de estabilidade (ESP), além do assistente de condução Safer Tag – que dá alertas visuais e sonoros sobre trânsito cruzado, troca de faixa involuntária, limites de velocidade e risco de colisões frontais. >
Porém, o sistema não tem qualquer ação autônoma sobre o carro, como frenagem por conta própria ou correção de trajetória nas mudanças involuntárias de faixa – presentes nas versões “top” das picapes com arquiteturas mais recentes. >
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