"Terríveis, mas necessárias", diz leitor sobre medidas restritivas no ES

Com o agravamento da pandemia no Estado, governo anunciou a adoção de uma quarentena de 14 dias que implicará regras de funcionamento mais rígidas para várias atividades a partir de quinta-feira (18)

Publicado em 17/03/2021 às 17h02
Data: 22/04/2020 - ES - Serra - Lojas abertas em Laranjeiras, na Serra
Lojas abertas em Laranjeiras, na Serra, em abril de 2020. Crédito: Vitor Jubini

Com o agravamento da pandemia no Espírito Santo, o governo do Estado anunciou a adoção de uma quarentena de 14 dias que implicará várias restrições em atividades sociais e econômicas a partir desta quinta-feira (18). Todos os 78 municípios capixabas vão entrar no risco extremo da Covid-19.

As medidas que visam a conter o avanço do novo conavírus vão desde a proibição de funcionamento de estabelecimentos de comércio e serviços até a suspensão de eventos, aulas presenciais e de utilização de espaços públicos como praças e parques. Algumas atividades consideradas essenciais poderão funcionar diariamente ou, pelo menos, de segunda a sábado, de acordo com o governador Renato Casagrande.

As novas regras sanitárias dividiram as opiniões dos leitores nas redes sociais de A Gazeta. Muitos consideram, por exemplo, que não serão eficazes caso não haja rigorosa fiscalização das autoridades, com a aplicação de multas mesmo para quem sair às ruas sem máscara. Confira alguns comentários:

Com uma boa parte da população exercendo o poder da irresponsabilidade, essas medidas não serão muito viáveis para a redução dos casos. Necessitava de uma atitude mais enérgica por parte do governo, o que de fato não ocorreu. Conhecendo a população, é muita inocência do governo aplicar essas medidas tão brandas como foram apresentadas. Quando o secretário diz "se as medidas falharem", é lamentável, pois vão falhar, tendo em vista o histórico já computado. Em minha opinião não houve planejamento adequado para tal decisão. (Jocimar Montibeller Leonel)

A mensagem não está sendo passada de forma que fique clara a situação. Como levar a sério? Não basta dizer para as câmeras que “é grave” e propor ações meia-boca! Fecha praia, fecha tudo que não seja farmácia, supermercado, hospitais e postos de saúde! O resto volta com calma depois desse sufoco. É o lógico. (Mayra Oliveira)

Chegamos ao momento onde as medidas mais duras são terríveis e necessárias ao mesmo tempo. Emprego, comércio, vida… Triste decisão, mas necessária. Que tenhamos ciência que chegamos a esse ponto por irresponsabilidade política e social. Por negacionismo. (Carlos Eduardo Dassiê)

Acredito que houve erro de todos, ninguém viveu uma pandemia antes. Agora, o povo foi o maior culpado. O que custava usar máscaras, lavar bem as mãos, manter distanciamento? Povo irresponsável. Agora todos pagam, principalmente os empresários, os donos de comércio e os funcionários que correm um grande risco de perder seus empregos. Lamentável. (Neilse Cozzer)

Nem ajudar o pequeno o Estado consegue.... Ano passado ofereceram um empréstimo de R$ 5 mil para MEI, mas para isso o MEI tinha que perder uns 20 a 30 dias para resolver a burocracia. Se quer ajudar, pega e facilita esse crédito a longo prazo para empresas que tenham CNPJ. Ninguém vai querer se queimar por causa de R$ 5 mil ou até mais. Quer ajudar? Então corre, pois o pequeno comerciante pede socorro! (Fagner Ferraz)

O povo também é culpado em não se cuidar, em não obedecer. Bares, mandalas, festas ficam lotados de pessoas. Ali se contamina e passa para outros da famílias que estão dentro de casa, e por aí vai. A maior culpa da circulação do vírus é do povo e das medidas que não foram tomadas pelo governo. (Karla Oliveira)

Na minha opinião, não adianta pedir para ficar em casa! Se as pessoas não obedecem, estão saindo sem máscaras... teria que ter multa a quem não está usando máscaras e quem está saindo e se aglomerando. Se ficar só com esse mimimi, não vai resolver nada! (Céia Magnol)

A população precisa ter consciência de que esse vírus mata mesmo. Vamos ficar em casa, gente, pelo amor que vocês têm pelos seus familiares. #fiqueemcasa (Marco Henrique)

Sou profissional de Educação Física, vacinado com duas doses, e não posso trabalhar atendendo 8 alunos por horário em ambiente extremamente ventilado. E mais: trabalho desde o começo da pandemia e não contraí o vírus, sempre me cuidando e cuidando do espaço de trabalho. (Victor Hugo Tristão Lirio)

A empresa em que trabalho nem satisfação deu, sendo que poderia todo mundo estar de home office. Essa “quarentena” infelizmente não vai funcionar, pois muita coisa ainda está funcionando normalmente, e o contágio continuará. (Sal A. Mander)

O governo poderia ter proibido baile funk, bares cheios, praias lotadas quando a doença estava controlada. Mas só tem fiscalização para quem está trabalhando. Aí, sim, tem barreiras. (Francisca Costa)

Coloca o secretário de Segurança para trabalhar, colocar policiais e guardas multando quem estiver nas ruas sem necessidade. Bares e praças, campos de futebol, tudo cheio... Não adianta fazer trabalho de orientação, todo mundo já sabe que a partir de amanhã é quarentena e pronto. Fiscalização já em todos os municípios. (Marli Ribeiro)

No Espírito Santo não teve hospital de campanha. A opção do governador foi ampliar a rede existente, portanto aqui em nosso Estado não houve desativação de leitos. Então, se o governo federal tivesse cuidado da compra de vacinas desde o começo, realmente a situação seria outra. (David Carvalho de Oliveira)

Infelizmente, enquanto tivermos uma população irresponsável que faz festa clandestina, lotam bares e praias, teremos esse cenário. Não adianta o governo fazer quarentena e lockdown se o negacionismo e o fanatismo político imperam. (Daléte C. Campello)

É fácil quem tem carteira assinada falar... E, nós, autônomos, como vamos ficar? É complicado. Eu entendo que está crítica a situação, mas se eu não trabalho, não coloco comida na mesa, não pago pensão da minha filha, não pago aluguel. E aí como eu faço? (Fabrício Pinheiro)

Casagrande disse que não precisava de hospitais de campanha, pois seriam desativados em curto prazo e, portanto, perderia dinheiro. Também disse que iria investir nos hospitais, ampliando a quantidade de leitos. Isso foi feito? O quanto aumentou? (Josenildo Souza)

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