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Suplente de Rose de Freitas vai para o Líbano em missão chefiada por Temer

Suplente de Rose de Freitas vai para o Líbano em missão chefiada por Temer

Pastore exerceu um mandato de 120 dias no Senado pelo ES, entre novembro de 2019 e março de 2020. Ele viaja nesta quarta (12) para o Líbano em missão especial

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 15:08

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Luiz Pastore tomou posse nesta quarta-feira (20)
Luiz Pastore é suplente da senadora Rose de Freitas e ocupou o mandato por 120 dias entre novembro de 2019 e março de 2020. (Waldemir Barreto/Agência Senado )

Após um período de 120 dias como senador pelo Espírito Santo, o empresário Luiz Pastore (MDB), suplente da senadora Rose de Freitas (Podemos), vai integrar a comitiva do governo brasileiro que levará ajuda humanitária para as vítimas da explosão em Beirute, no Líbano. Paulista, mas com carreira política em terras capixabas, Pastore foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para a missão diplomática no país árabe.

Já a escolha de Temer para liderar a equipe que irá ao Líbano foi do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além de Pastore e do ex-presidente, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, e o senador Nelson Trad (PSD-MS) também integram a comitiva. O decreto com a designação dos componentes da missão especial foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite de segunda-feira (10).

O governo brasileiro enviará 5,5 toneladas com mantimentos, insumos, medicamentos e equipamentos hospitalares ao Líbano, para auxiliar no atendimento aos atingidos pela explosão do último dia 4 de agosto, em Beirute, que deixou mais de 160 mortos, 6 mil feridos e 300 mil desabrigados.

"O Brasil possui uma das maiores comunidades de imigrantes libaneses fora do Líbano, algo em torno de 12 milhões de pessoas, muitas delas no Espírito Santo também. Tenho inclusive amigos que também foram vítimas da explosão em Beirute. Precisamos contribuir para a reconstrução do Líbano, nesse momento difícil que eles têm vivido, com crise econômica e política", afirma Pastore.

O emedebista substituiu a senadora Rose de Freitas e representou o Espírito Santo de novembro de 2019 a março de 2020. Pastore é filiado no MDB de Vila Velha desde 1986. Ele também foi suplente do ex-senador Gerson Camata e ocupou uma cadeira no Senado, em substituição a Camata, entre 2002 e 2003.

Para Pastore, a escolha de Temer para chefiar a missão é um ato respeitoso do presidente Bolsonaro.

"É um costume que os norte-americanos têm. Quando o presidente não pode ir a uma missão diplomática, um ex-presidente é convidado. Isso pode ter uma importância para a diplomacia brasileira. Esse apoio aos árabes também pode colocar fim àquela polêmica com a embaixada de Israel, quando o governo quis mudar para Jerusalém. É um evento que mostra a importância que temos com os países árabes também", avalia.

Segundo Pastore, a comitiva ficará dois dias no Líbano, para conversar com autoridades e ouvir como os brasileiros podem ajudar. A programação da missão está por conta do ex-presidente Temer e do almirante Flávio Viana Rocha, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. 

RÉU, PARA SAIR DO PAÍS TEMER CONSEGUIU AUTORIZAÇÃO DA JUSTIÇA

Temer já foi impedido de deixar o país em outros momentos, mas a Justiça, neste caso, autorizou que o ex-presidente, réu em uma ação que investiga irregularidades nas obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, pudesse viajar.

Serão embarcados cerca de 300 respiradores e 100 mil máscaras cirúrgicas. Médicos também serão enviados como uma equipe multidisciplinar. O material foi doado pelo governo e pela comunidade libanesa no Brasil. "É um país acabado. Teve um governo muito ruim, que arruinou as reservas libanesas. Com o tamanho que tem, o Brasil precisa ajudar", lamenta.

CORRUPÇÃO

A explosão destruiu boa parte de Beirute, a capital do Líbano, mas o país também já passava por crises econômica e política. O primeiro-ministro renunciou ao cargo após a tragédia em meio a protestos que tomaram as ruas. A população se manifesta, por exemplo, contra a corrupção.

No Brasil, o então presidente Temer, de ascendência libanesa, foi alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República. Em 2017, Bolsonaro, que era deputado federal, votou nas duas ocasiões para que ele fosse afastado do cargo. “Pelo fim da corrupção”, discursou.

Mas a maioria decidiu barrar o andamento do processo de acusação e manter o emedebista na presidência. Após o fim do mandato, no entanto, Temer passou a ser investigado. Em um dos casos, foi absolvido do crime de obstrução de justiça, mas é réu em duas ações.

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