Publicado em 9 de outubro de 2020 às 16:13
A juíza da Vara Única de Fundão, Priscila Murad, prorrogou a prisão temporária do ex-secretário de Obras de Fundão Adeilson Minchio Broetto e do ex-subsecretário da pasta Ronaldo Miossi Poloni. Os dois foram presos na Operação Lícita Ação, na última terça-feira (06), quando ainda ocupavam os cargos na prefeitura.>
A prisão temporária, de cinco dias, expiraria no sábado (10). Agora, não mais. >
Além dos dois, foram presos na ocasião também o proprietário da empresa Força Construtora LTDA EPP (Força Construtora EIRELI), Jucimar Pereira da Silva, e o engenheiro contratado Gilsiney Miossi Poloni, que é primo do então subsecretário. A prisão deles também foi estendida. O processo está sob sigilo, mas a reportagem de A Gazeta teve acesso à decisão. >
Todos são suspeitos de participar de uma associação criminosa que atuava para privilegiar uma empresa de engenharia em contratos com a prefeitura. A prisão temporária (de cinco dias) dos quatro investigados foi autorizada pela Justiça, assim como o afastamento cautelar do secretário e subsecretário dos cargos na prefeitura. >
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A Lícita Ação foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Fundão e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central). Ela é resultado de uma investigação instaurada no início deste ano, após a constatação de irregularidade na tomada de preço de um processo licitatório para pavimentação de vias rurais.>
No pedido para a prorrogação da prisão, o promotor Egino Rios destacou que "os fatos ora em investigação são complexos e os questionamentos formulados durante o interrogatório acabam sendo demorados e desgastantes, impedindo a realização profícua de múltiplos atos formais em um mesmo dia".>
Falta, ainda, a realização de acareações entre os investigados.>
Um dia após a deflagração da Lícita Ação, o prefeito Joilson Nunes (PDT), o Pretinho, exonerou o secretário e o subsecretário de obras.>
O afastamento deles dos cargos já havia sido determinado pela juíza Priscila Murad. De acordo com a magistrada, havia receio de que os servidores continuassem utilizando os cargos para praticar irregularidades. Adeilson comandava a Secretaria de Obras desde o ano passado, quando foi nomeado pelo prefeito. Anteriormente, ele exercia mandato como vereador na cidade. Já Ronaldo Miossi foi designado subsecretário para trabalhar na pasta.>
Os investigados estão presos no Centro de Detenção Provisória de Viana II.>
De acordo com a prefeitura, após ser notificado pela Justiça da decisão, "o prefeito Pretinho Nunes exonerou os servidores envolvidos que estão sendo alvo de investigação". >
O órgão ressaltou que o chefe do Executivo "não tem conhecimento algum acerca das supostas irregularidades apontadas no contrato". >
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com a empresa citada na operação. Também não conseguimos localizar a defesa dos envolvidos.>
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