Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 20:41
Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em 2020 vão receber, até sexta-feira (18), a liberação para tomar posse nos cargos, para os quais foram escolhidos nas urnas, em 1º de janeiro de 2021. A diplomação é a última etapa executada pela Justiça Eleitoral nas eleições e atestam que os políticos estão aptos para assumir e exercer os mandatos. Devido à pandemia do novo coronavírus, as solenidades vão ser virtuais em todas as cidades da Grande Vitória.>
Esse formato já estava previsto para Vitória e Vila Velha. Cariacica e Serra teriam modelos híbrido e presencial, respectivamente. Contudo, nesta terça-feira (15), os juízes eleitorais dos dois municípios decidiram que as cerimônias também vão ser pela internet. >
Também são diplomados os primeiros suplentes nas Câmaras municipais, ou seja, candidatos que concorreram no pleito municipal, não venceram, mas são os primeiros na lista para ocupar o lugar caso algum dos parlamentares eleitos deixe o cargo.>
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), não está previsto na legislação como deve ser o formato das cerimônias de diplomação. Não há, por exemplo, obrigatoriedade de se realizar uma solenidade, embora, tradicionalmente, elas tenham ocorrido em anos anteriores. >
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O juiz eleitoral, responsável por cada município, é quem define como será feita a entrega dos documentos aos eleitos, com o estabelecimento do dia, do horário, do local e dos convidados. >
Em geral, também participam representantes da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Espírito Santo (OAB-ES) e do Ministério Público do Estado (MPES). Nem sempre os eleitos e convidados têm espaços para discurso. Não há um rito prévio a ser seguido e a palavra é franquiada aos presentes a depender do magistrado que conduz a cerimônia.>
Desde a semana passada, a Justiça Eleitoral havia informado que, em Vitória e Vila Velha, as cerimônias seriam 100% virtuais, pela plataforma Zoom, com link enviado para os convidados. No caso da Capital, o juiz eleitoral optou por convidar autoridades como o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa, e o presidente do TRE-ES, desembargador Samuel Meira Brasil Junior.>
Em Cariacica, a cerimônia de entrega seria híbrida, no salão do júri do Fórum do município, com a presença apenas do prefeito eleito, Euclério Sampaio (DEM), da vice-prefeita na chapa, Enfermeira Edna (Avante), e do vereador mais votado, Edgar do Esporte (PSL), reeleito com 3.632 votos. Os demais vereadores e os primeiros suplentes teriam seus nomes lidos durante o evento e receberiam o diploma por e-mail.>
As assessorias e os próprios eleitos não são impedidos de transmitir o evento em suas redes sociais, mas o TRE-ES afirmou que não há previsão de transmissão por parte dos canais oficiais da Corte Eleitoral.>
A Serra era a única cidade que teria um evento presencial no auditório da Câmara municipal. Para evitar aglomerações, o juiz eleitoral havia determinado que a cerimônia seria fechada para o público e que cada diplomando poderia levar só um convidado. >
A Serra é o município da Grande Vitória com maior número de parlamentares, são 23. Cariacica tem 19; Vila Velha, 17; e Vitória, 15.>
Se cada eleito vereadores, prefeito e vice fosse levar um convidado, a lista de presentes somaria 50 nomes. Isso sem contar os primeiros suplentes de cada partido e os acompanhantes deles. O número de pessoas, portanto, acabaria maior do que o recomendado para espaços fechados durante a pandemia de Covid-19. >
Última ação executada pela Justiça no processo eleitoral, a diplomação confirma que os candidatos que se elegeram estão aptos para tomar posse no dia 1º de janeiro. A diplomação não significa que o eleito já está no cargo, apenas que ele tem autorização da Justiça Eleitoral para assumir no ano seguinte.>
Constam no diploma o nome do eleito, o partido político pelo qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito (ou sua classificação como suplente) e outros dados que o juiz eleitoral pode determinar, como o número de votos, por exemplo. >
É por isso que não podem ser diplomados aqueles que tiveram a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral e venceram as eleições, mas que ainda estão aguardando o julgamento de recursos sobre o registro de candidatura.>
No Espírito Santo, esse foi o caso do candidato mais votado para o cargo de prefeito do município de Boa Esperança, Romualdo Milanese (Solidariedade), que não poderá ser diplomado, uma vez que sua candidatura foi barrada na Justiça. >
Milanese recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas caso o recurso seja negado, o município terá uma eleição suplementar para prefeito. Até lá, caso chegue o dia 1º de janeiro sem solução, o presidente da Câmara municipal, que será eleito pelos vereadores neste dia, assume interinamente a prefeitura.>
Após diplomados, os políticos só ocupam os cargos na posse, em 1º de janeiro. Os que estão nos cargos de prefeito e vereador hoje, cumprem o mandato até 31 de dezembro. Primeiro, ocorre a posse dos vereadores, em cada Câmara municipal. Depois, os novos parlamentares elegem os membros da Mesa Diretora. Em seguida, o prefeito e o vice-prefeito entregam o diploma à Mesa e são empossados nos cargos.>
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