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Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 19:41
A Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovou nesta quarta-feira (4) o aumento salarial de 15% aos servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), proposto na última sexta-feira (29) pelo presidente da Corte, Domingos Augusto Taufner. O Projeto de Lei Complementar recebeu o aval de 20 deputados estaduais e segue, agora, para a sanção do governador Renato Casagrande (PSB). Dos presentes à sessão, apenas Lucas Polese, do PL, votou contra a proposta. >
O texto aprovado também implementa a criação de 14 cargos comissionados – com salários que podem chegar a R$ 12.768,48 –, de sete novas funções gratificadas e de bonificação por execução de atividade especial. >
De acordo com a justificativa apresentada, “a proposta foi elaborada no intuito de propiciar aos servidores do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo e aos seus aposentados e pensionistas uma recomposição linear de seus rendimentos”.>
Além disso, serão beneficiados aqueles servidores de cargos “que não foram contemplados por outros reajustes, além da revisão geral anual, ao longo de mais de 15 anos”, cita o texto. O aumento é retroativo a 1º de novembro.>
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Segundo o Tribunal, o reajuste representa para este ano um impacto no valor de R$ 3,7 milhões; para 2025, R$ 13,1 milhões; e para 2026, R$ 14,7 milhões.>
O argumento para a medida é que o TCE “apresenta um gasto com pessoal relativamente baixo, utilizando apenas 0,76% da Receita Corrente Líquida (RCL), o que corresponde a 58,46% do limite máximo permitido de 1,3%”, conforme a proposta. >
“Com a implementação do reajuste e da reestruturação propostos, o TCE-ES deverá passar a gastar 0,804% da RCL, utilizando 61,84% do limite máximo, ainda assim um valor bem abaixo da média estadual”, justifica.>
Os novos cargos são dispostos da seguinte maneira:>
A Bonificação por Execução de Atividade Especial será concedida aos servidores que forem designados à presidência ou composição das comissões de processo administrativo disciplinar, de sindicância e de ética. O valor equivale a 15% ou 8% do vencimento do cargo de Secretário Geral Administrativo e Financeiro do TCE, que passa a receber R$ 15.960,59 com o reajuste.>
Já as novas funções gratificadas serão quatro no valor de R$ 7.980 e três de R$ 6.384.>
O relator da matéria e presidente da Comissão de Finanças, deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), afirmou que o projeto é muito importante e “reestrutura as funções comissionadas do TCE-ES que estavam extremamente defasadas”.>
“Recentemente, nós, da Ales, fizemos uma reestruturação também dos cargos comissionados… Então, o projeto é extremamente importante. O tribunal é um exemplo para o Brasil. Seu gasto com pessoal é muito abaixo do limite e, mesmo com esses pequenos ajustes, continuará muito abaixo do limite. O tribunal possui orçamento necessário para fazer jus ao pagamento destes aumentos que estão sendo considerados”, disse em seu relatório, votando pela aprovação do texto.>
Em resposta, o presidente da Comissão de Justiça, Mazinho dos Anjos (PSDB), parabenizou o parecer e seguiu o voto de Hoffmann, alegando que a medida é uma “reparação histórica de equidade”. O parlamentar também ressaltou a eficiência da gestão do TCE e parabenizou os servidores.>
Na última segunda-feira (2), os parlamentares também aprovaram o Projeto de Lei de mesma autoria que criou outras quatro funções gratificadas, voltadas aos servidores responsáveis pela gestão e fiscalização de contratos no âmbito da Corte. >
A justificativa dada para tal medida foi que “a gestão e fiscalização de contratos são atividades de extrema relevância para a administração pública, pois garantem a efetividade das contratações, a otimização dos recursos e a prevenção de irregularidades”. >
Além disso, segundo o presidente do TCE, são necessários profissionais qualificados e dedicados, “que muitas vezes atuam além de suas atribuições normais”. De acordo com o texto, acredita-se que a medida contribuirá para a retenção desses profissionais e também estimulará a busca por resultados melhores, o que resultaria em uma “redução nos riscos e outros problemas advindos das contratações”.>
As despesas terão impacto de R$ 84,9 mil em 2024 e de R$ 1,045 milhão em 2025 e em 2026 com esse projeto.>
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