Publicado em 21 de agosto de 2020 às 19:17
A Câmara dos Deputados manteve, na última quinta-feira (20), o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à concessão de reajustes para categorias envolvidas no combate à Covid-19. Como consequência, cerca de 189 mil servidores que atuam no Espírito Santo em cargos municipais, estaduais e federais e em todos os Poderes ficarão sem reajuste salarial até dezembro de 2021. >
O número poderia chegar a todos os mais de 206 mil servidores, contudo, categorias que representam 16.360 funcionários públicos fecharam acordos e, por meio de leis estaduais, obtiveram a garantia de aumento salarial gradativo antes de a lei de auxílio a Estados e municípios ser sancionada. É essa lei que estabelece como contrapartida para a ajuda do governo federal o congelamento dos valores nos contracheques. >
Policiais civis, militares, bombeiros, delegados, inspetores e agentes socioeducativos terão, em julho de 2021, uma nova parcela do reajuste, que foi sancionado pelo governador Renato Casagrande (PSB) em março deste ano.>
Defensores públicos também terão reajustes no ano que vem, conforme determina uma lei complementar sancionada em fevereiro de 2020. O congelamento de salários em todo o país foi sancionado pelo presidente da República em 28 de maio. >
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Servidores de todas as áreas e todos os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nos âmbitos municipal, estadual e federal, à exceção das categorias mencionadas acima. Estão congelados os salários de 189 mil servidores.>
A proibição a reajustes foi uma contrapartida imposta para a ajuda financeira de R$ 125 bilhões do governo federal para Estados e municípios. >
Segundo o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), o impacto que a concessão de reajustes para as categorias propostas no projeto aprovado no Legislativo (que incluía servidores da saúde, da segurança, da educação, da limpeza urbana e dos serviços funerários, os agentes penitenciários, os assistentes sociais e os militares), que foi vetado pelo presidente, teria um impacto de R$ 130 bilhões.>
Essa projeção de impacto foi questionada por parlamentares favoráveis à liberação do reajuste, apontando que os aumentos, se ocorressem, seriam decididos caso a caso nos municípios e Estados, em percentuais diferentes.>
Não. Estão proibidos, até dezembro de 2021, reajustes a remunerações, benefícios, contagem de tempo de serviço para progressão de carreira, concessão de licenças e gratificações.>
Gestores que concederem aumentos durante o período vedado pela lei federal podem sofrer sanções administrativas como ações de improbidade administrativa, que podem levar à perda do cargo e até penais.>
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