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Publicado em 12 de agosto de 2025 às 19:02
Diones Henrique de Souza Marinho, de 32 anos, suspeito de assassinar a ex-esposa Dinah Marinho Amorim, de 27 anos, na Serra, na noite de domingo (10), tentou disfarçar a voz para que o filho de seis anos não o reconhecesse no momento do crime. Segundo a adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Fernanda Diniz, ele também usou uma camiseta para cobrir o rosto e dificultar a identificação dele pelo pequeno. >
De acordo com a polícia, o menino havia passado o fim de semana com o pai e foi devolvido à mãe na tarde de domingo (10). Horas depois, durante a madrugada, o crime foi cometido na frente da criança. “Ele disse que o filho chegou a perguntar: ‘É você, papai?’, mas ele mudou a voz para que não fosse reconhecido”, contou a delegada. >
A investigação começou na manhã de segunda-feira (11), quando a corporação foi acionada após o corpo de Dinah ser encontrado por uma amiga, dentro da casa onde ela morava com o filho, em Vista da Serra I. A criança relatou ter visto um homem forte encapuzado golpear a mãe. A partir daí, as equipes iniciaram a apuração do caso, coletando imagens de câmeras e ouvindo testemunhas.>
Ainda no mesmo dia, à tarde, a Guarda Municipal localizou o carro do suspeito, um Citroën C3, abandonado em uma área de mata em Jacaraípe. Policiais seguiram para o local e passaram a monitorar a região. “Ele disse que ficou observando a equipe o dia todo e só tentou sair do local quando achou que a polícia iria embora. Foi nesse momento que conseguimos abordá-lo”, relatou Fernanda Diniz. A prisão ocorreu no final da tarde de segunda-feira (11). >
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A delegada informou que Diones confessou o crime assim que foi preso. Segundo familiares ouvidos pela polícia, ele já havia feito ameaças e agia de forma agressiva com a vítima, inclusive após o término do relacionamento. A principal motivação apontada é a não aceitação do fim do casamento. “Temos confirmações de que, principalmente na última semana, ele dizia que iria matá-la”, afirmou a delegada. Ainda segundo Fernanda, eles se relacionavam com idas e vindas há cerca de uma década e o último término do casal teria sido há dois anos. >
Após a confissão, o suspeito foi autuado por feminicídio qualificado e encaminhado ao presídio. >
Dinah Marinho Amorim foi encontrada sem vida, com marcas de facadas. A Polícia Civil informou que ela foi golpeada cerca dez vezes, principalmente na região do pescoço.>
A cena vista por quem a encontrou foi descrita como "desesperadora". O menino disse que chegou a pedir socorro pela janela da casa por muito tempo, mas ao ficar cansado, foi dormir ao lado do corpo da mãe. A família disse que a única vez que Dinah teria agido de forma incomum foi no próprio domingo, quando ligou para a mãe pedindo para ir morar com ela, pois não podia mais viver sozinha. Na ligação, ela não explicou por qual motivo estava fazendo a solicitação.>
Frequentadora da Assembleia de Deus, a jovem era participativa nas atividades de igreja. Conhecida por ser amável, ela era a mais velha de quatro filhos e vivia pelo menino de seis anos. Uma irmã contou estar incrédula e disse que a mãe delas está inconsolável.>
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Irmã de Dinah, que não quis se identificar
Já uma prima passou mal ao receber a notícia. Ao chegar na cena do crime não chegou a entrar, mas viu as marcas da janela sujas de sangue, que segundo ela, parecem ter sido feitas quando o criminoso fugiu.>
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Prima de Dinah, que não quis se identificarA familiares contaram que a criança está em estado de choque. Ele falou aos parentes que quando crescer quer fazer justiça pela mãe. Os relatos deixam os parentes mais entristecidos por saber que o menino vivenciou todo o crime>
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Prima de Dinah, que não quis se identificarA irmã de Dinah contou que o sobrinho, por ser muito novo, não consegue recordar de forma concreta de alguns detalhes. A cada vez que questionam sobre quais eram a vestimenta, ele dá descrições diferentes. Agora, a família pede e clama por justiça para ter um pouco de paz. "Não consigo para de pensar em tudo. Eu primeiro achei que tinha sido enforcada, mas quando cheguei, descobri que era facada. Eu só penso que ela sofreu. Queremos justiça", frisou a prima da vítima.>
A reportagem tenta localizar a defesa e o espaço segue aberto para um posicionamento. >
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