Publicado em 4 de agosto de 2020 às 09:19
A força-tarefa formada por sete delegados e coordenada pela Superintendência de Polícia Especializada (SPE) ainda está atrás dos responsáveis pelos ataques a ônibus na Grande Vitória. As investigações começaram na semana passada. >
De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, quatro detentos já foram ouvidos na Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana.>
"Nós vamos ouvir outros, de outros presídios. Mas existe uma liderança em determinando presídio que tem uma ascendência muito forte no mundo externo, nas comunidades com alto índice de entorpecentes e homicídios. Então é relevante ouvir esses presos também, para verificar se tem ou não participação nessa questão", afirmou Ramalho.>
Em dez dias, quatro ônibus foram incendiados na Grande Vitória. O último ataque foi na quinta-feira (30), quando um coletivo foi incendiado em Portal de Jacaraípe, na Serra. Horas antes, bandidos colocaram fogo em outro coletivo, no bairro Itacibá, em Cariacica. >
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Os primeiros ataques ocorreram no dia 20 de julho, quando dois ônibus foram queimados por criminosos: um em Roda d'água, em Cariacica, e o outro no bairro Primavera, em Viana. Em todos os casos, bandidos armados deixaram bilhetes com queixas das condições dos presídios e da suspensão das visitas.>
Em um dos ataques, uma pessoa foi presa. "Foi presa em flagrante delito, uma pistola 9 milímetros, uma ficha pregressa no mundo do crime. Na sua audição pela Polícia Civil ele não relata fato concreto, mas vamos buscar as informações, principalmente o que nos chega pela Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia, pela própria sociedade capixaba">
A Secretaria de Segurança Pública não sabe se os ataques foram ordenados por um ou vários grupos, mas alguns pontos chamam a atenção: todos os ônibus foram incendiados em ruas com pouca movimentação de pessoas. Enquanto as investigações não avançam, a polícia tem reforçado o patrulhamento para evitar novos ataques.>
A Polícia Civil e Militar, com apoio das guardas municipais estão fazendo abordagens aos coletivos. Só nesse final de semana foram abordados 150 ônibus na Grande Vitória. >
Segundo o sindicato das empresas de ônibus, cada ônibus queimado custa R$ 400 mil. Somente neste ano o prejuízo chega a R$ 3,6 milhões com os ataques. >
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