Publicado em 16 de abril de 2020 às 21:28
O setor supermercadista está preocupado com o prazo para implementar as novas medidas anunciadas nesta quinta-feira (16) pelo governador do Estado, Renato Casagrande, que, entre outras ações, limita a entrada de clientes nos estabelecimentos para reduzir o contágio por coronavírus. >
Segundo o presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, os empresários concordam com as medidas e pretendem cumpri-las, mas consideram o tempo dado pelo governo para início das ações na próxima segunda-feira (20) pequeno para se adequarem. >
Um exemplo dado por Schneider são as máscaras de acetato, que deverão ser utilizadas pelos funcionários que trabalham nos caixas, caso não seja possível preservar distância de 1,5 metro entre eles e o cliente. Esses equipamentos cobrem todo o rosto com um tipo de escudo transparente. >
Acho o tempo muito curto. Só teremos sexta e sábado e precisamos de logística para tudo isso. Estamos com problema de máscara no mercado. Essa máscara de acetato, fizemos encomenda de 30 mil unidades há 15 dias e não conseguimos ainda, afirma. >
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Outro ponto de incerteza é em relação à reação dos clientes quanto à restrição de entrada nos hipermercados, supermercados, minimercados, atacarejos, hortifrutis, padarias e lojas de conveniência. A entidade teme que haja tumulto nos primeiros dias. >
Segundo o decreto, que deverá ser publicado nesta sexta-feira (17), só será permitido o ingresso de uma pessoa a cada 10 metros quadrados de área do estabelecimento. Ou seja, em uma loja de 200 metros quadrados, será autorizada a entrada de 20 pessoas por vez.
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Acredito que, inicialmente, vamos ter problema. Vai depender muito da conscientização do consumidor. Se ele chegar e tiver fila, vamos ter que organizar tudo e tem sempre quem colabora e quem não colabora. Vamos fazer tudo para cumprir as regras do governo, mas não depende só de nós, diz. >
O empresário Willian Carone Junior afirmou que será preciso que as pessoas escolham dias e horários em que os estabelecimentos estão normalmente mais vazios, para que não enfrentem filas. "Realmente, não é um bicho de sete cabeças. Se todo mundo se conscientizar, todo mundo tem a ganhar", afirma. >
Carone citou ainda que essas restrições de entrada em supermercado já estão ocorrendo em outras cidades do Brasil e em outros países. "Vamos ter que controlar essa entrada e contar com o bom senso do cliente. É saber que isso esta sendo feito tanto para ele quanto para o nosso pessoal", avalia.
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Segundo o governo do Estado, após acordo com a Acaps, a data para o início da utilização das máscaras de acetato (Face Shield) será na quarta-feira (22). "Esses prazos foram definidos levando em conta a emergência em controlar a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19)", informou a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos, por nota. As demais medidas previstas no decreto terão validade já a partir de segunda (20).
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Segundo a secretaria, houve reuniões com representantes do setor supermercadista durante esta semana. Nos encontros, afirma a nota, foram definidas conjuntamente medidas que garantam a segurança e a saúde dos colaboradores, bem como de clientes que frequentam os estabelecimentos.>
Sobre a possibilidade de tumulto em frente aos estabelecimentos, a secretaria respondeu que, dentre as medidas previstas, está a utilização de faixas para limitar a distância de segurança de 1,5 metro entre as pessoas, para o caso de se formar fila nos acessos às lojas.
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