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Publicado em 8 de agosto de 2025 às 10:02
Na reta final para conseguir as licenças para produção no campo de Wahoo, no litoral Sul do Espírito Santo, a Prio, maior empresa independente de petróleo e gás do Brasil, já investiu mais de R$ 1 bilhão no Estado no projeto que tem o primeiro óleo previsto para os primeiros meses de 2026.>
O projeto da Prio para Wahoo tem investimento total de US$ 850 milhões — o equivalente a R$ 4,9 bilhões — e prevê a produção de 40 mil barris de óleo por dia. A expectativa é que a operação gere R$ 4 bilhões em royalties para o Espírito Santo ao longo dos próximos anos.>
O óleo retirado em Wahoo será processado na FPSO Frade por uma conexão submarina de cerca de 35 quilômetros, chamada de tie back, uma tecnologia considerada inédita no país. >
A empresa conseguiu, no início de julho, a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e já deu entrada nas próximas autorizações. Já a licença de perfuração para o campo de Wahoo havia sido concedida em fevereiro. >
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Até agora, a petroleira já concluiu a perfuração do primeiro poço e está iniciando o segundo. A previsão é de que os quatro poços planejados sejam finalizados no primeiro trimestre do próximo ano, segundo o gerente executivo de poços e submarinos da Prio, Jean Calvi.>
O campo de Wahoo é o primeiro perfurado do zero pela petroleira carioca, que, tradicionalmente, atua com campos maduros na Bacia de Campos. Além do tie back, o projeto de Wahoo traz outras inovações. Uma delas é a tecnologia "fishbone", que será usada pela primeira vez no Brasil para completação de poços, que aumenta a produtividade através da injeção de ácido na formação.>
Calvi explicou que, enquanto aguarda a licença de instalação — necessária para iniciar a construção submarina e a interligação do campo ao FPSO Frade —, já está preparando o esquema para lançamento das linhas submarinas que vão levar o petróleo de Wahoo para ser processado em Frade. >
Para isso serão usadas três embarcações, que já estão contratadas e sendo preparadas para a instalação. Uma delas é própria da Prio e já está no Brasil; outras duas virão da África. As embarcações serão responsáveis por lançar linhas rígidas para escoamento de óleo, linhas flexíveis e estruturas submarinas maiores.>
"A gente estima que, entre o recebimento da licença de instalação e a finalização do projeto, a gente tenha de seis a oito meses até o primeiro óleo", explicou.>
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