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Petrobras adia mais uma vez início de operação de plataforma no ES

Petrobras adia mais uma vez início de operação de plataforma no ES

Último prazo para início de atividade era último trimestre de 2024, mas empresa passou a operação para Campo Jubarte, em Anchieta, para 2025

Publicado em 10 de agosto de 2023 às 11:08

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Aguardada para contribuir no aumento da produção de barris de petróleo e alavancar a economia do Espírito Santo, o início das operações do navio-plataforma Maria Quitéria foi adiado mais uma vez.

O mais aguardado investimento do setor de petróleo e gás no Estado estava previsto para o quarto trimestre de 2024, mas a Petrobras revisou o cronograma, marcando o início das operações do Integrado Parque das Baleias para 2025. 

Desenho da FPSO Maria Quitéria
Desenho da FPSO Maria Quitéria. (Yinson Production/Divulgação)

A capacidade da FPSO — Floating Production Storage and Offloading, que em português significa Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência) — Maria Quitéria é de extrair 100 mil barris de petróleo por dia e 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia quando estiver em operação. Ela ficará localizada no Campo de Jubarte, no pré-sal, na costa do Espírito Santo, a 76 km de Pontal de Ubu, no município de Anchieta.

Nesta semana, a Petrobras anunciou, durante a Mec Show, que o navio-plataforma será o primeiro totalmente elétrico da companhia. A tecnologia colaborará para redução da emissão de gases do efeito estufa.

Com a nova data, o projeto sofre o seu quarto adiamento do início da operação do Integrado Parque das Baleias, projeto de R$ 5,6 bilhões. Em 2020, a Petrobras adiou pela terceira vez o empreendimento, à época para 2024, com a justificativa do cenário econômico causado pela pandemia da Covid-19.

Segundo a Petrobras, mesmo com o adiamento, não são esperados impactos nas suas metas de produção de óleo e gás natural divulgadas, “considerando o portfólio consolidado de ativos e projetos da companhia”. Também foi revisado o cronograma dos projetos em Búzios, no pré-sal da Bahia de Santos.  A Petrobras não esclareceu os motivos do adiamento dos projetos.

A revisão da data foi anunciada em abril, após a Petrobras receber ofício do Ministério das Minas e Energia solicitando informações da companhia para subsidiar a Casa Civil na elaboração do novo Programa de Aceleração do Crescimento

O projeto prevê a interligação de 17 poços ao FPSO, sendo nove produtores de óleo, oito injetores de água, por meio de infraestrutura submarina composta por dutos flexíveis, umbilicais eletro-hidráulicos e as chamadas árvores de natal molhadas.

Asiática pega empréstimo de R$ 1 bi para plataforma

Para tirar do papel a FPSO Maria Quitéria, a Petrobras assinou contrato em 2022 com o grupo asiático Yinson Productional PTE para afretamento e prestação de serviços da plataforma. A empresa, com sede na Malásia, é a sexta maior do mundo no mercado de locação de plataformas. Cabe a Yinson a contratação da construção da plataforma.

Na última segunda-feira (7), a companhia asiática informou ao mercado que assegurou empréstimo de US$ 230 milhões (R$ 1,1 bilhão) junto à Global Infrastructure Partners (GIP) para o desenvolvido da FPSO Maria Quitéria.

Segundo a Yinson, até junho de 2023, a construção do FPSO Maria Quitéria atingiu quase 70% de conclusão, em conformidade com o cronograma do projeto, o que possibilitaria, segundo a asiática, iniciar as operações no segundo semestre de 2024.

Sequência de adiamentos

A princípio, a Petrobras previa iniciar a operação da FPSO em 2021, mas, em 2018, a estatal postergou para 2022. A petroleira explicou que a mudança no prazo foi necessária para que todas as condições para o investimento fossem atendidas antes da aprovação definitiva do projeto. Em 2019, o empreendimento foi novamente adiado para 2023. Em 2020, jogou para 2024 o início das operações do navio-plataforma.

O navio-plataforma está nos planos da companhia estatal desde 2014, quando foi iniciada a atividade da plataforma P-58, atualmente a principal produtora do Estado.

Quando a embarcação operar a pleno vapor, a previsão é de inflar os cofres do Espírito Santo não apenas com royalties, mas com participações especiais, recurso pago quando há uma grande produção de petróleo.

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