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Para melhorar a mobilidade na Grande Vitória, o governo do Espírito Santo estuda adotar alternativas de modais ferroviários para contribuir no transporte de passageiros, além do teleférico previsto para Vitória e Vila Velha.
Além dos corredores exclusivos para ônibus e da ampliação do aquaviário, o Estado também avalia a implementação de sistemas como VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) movido a energia elétrica em Vitória e Vila Velha.
Outra alternativa é o monotrilho, também chamado de Sky Shuttle, que é um meio de transporte sobre trilhos elevados. A ideia é que esse sistema ligue a Serra ao Centro de Vitória, com acréscimo de um ramal para o Aeroporto de Vitória.
Em geral, a proposta envolve a construção de 34,8 km de VLT e 18,3 km de monotrilho, totalizando 53,1 km de transporte sobre trilhos.
O projeto faz parte de um pacote de propostas para mobilidade urbana da Grande Vitória que foram apresentadas pelo governo do Estado para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dentro do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana. A Grande Vitória foi uma das 21 regiões metropolitanas contempladas.
Dentro do escopo de propostas também está a implantação de teleféricos, em Vitória e Vila Velha, corredores exclusivos para ônibus e ainda a expansão do aquaviário.
Fábio Damasceno, secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, afirma que tudo o que o Estado tem pensado e planejado para a Grande Vitória foi encaminhado para o BNDES para ser feita análise. Segundo ele, o documento atual é um diagnóstico dos projetos. E, agora, haverá uma segunda etapa, de viabilidade econômica e ambiental. "O estudo aponta que a tendência é que sejam priorizados os corredores exclusivos para ônibus, pelas características da Região Metropolitana", afirma.
O estudo aponta ainda que os modelos ferroviários devem ser desenvolvidos pela iniciativa privada, mas Damasceno pondera que o governo pode fazer uma Parceria Público Privada (PPP). Desse modo, haveria a possibilidade de vários modelos, em que o governo paga a operação para integrar com os outros transportes, por exemplo.
"No monotrilho, a ideia é fazer a estrutura com até 6 metros de altura para não conflitar com carro e ônibus. A intenção é ligar a região de Carapina, na Serra, uma área de desenvolvimento na cidade, ligando até a Rodoviária de Vitória, passando pela Leitão da Silva e pelo Centro, com a ideia de ajudar na revitalização dessas avenidas", detalha.
Para André Cerqueira, especialista em trânsito, quando se fala do futuro nas smart cities ou cidades inteligentes, é preciso trabalhar a intermodalidade dos modais. "Quando se fala em monotrilho e VLT, já começa a fortalecer o transporte coletivo. Porque o princípio da mobilidade é desidratar o transporte individual", afirma.
Cerqueira lembra ainda da importância da melhoria das ciclovias nos projetos de mobilidade e também afirma que é preciso investir em tecnologia de ponta para ter gestão de tráfego e observar a real noção dos fluxos nas cidades.
Para o vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), Greg Repsold, as propostas de VLT e monotrilho são boas soluções para a mobilidade da Grande Vitória.
"Sempre defendi a questão do metrô. Dá para fazer na beira da praia, sim. É um investimento de longo prazo. O metrô é uma solução mais rápida e que não pega trânsito. Se conseguissem executar duas linhas principais entre as cidades já se revolveria boa parte dos problemas", pondera.
O projeto tem três linhas de VLT, conectando Vitória e Vila Velha. A proposta prevê vias duplas (uma para cada sentido de circulação) e veículos elétricos, em um sistema integrado de forma física e tarifária com os demais modos de transporte metropolitanos.
A Linha 3 percorre a orla de Vitória indo em direção a Vila Velha. A Linha 4 desce em direção ao Sul de Vila Velha, e a Linha 5 conecta o Centro de Vitória ao Aeroporto.
Conheça os trajetos previstos
VLT Linha 3 – extensão 25,5 km
VLT Linha 4 - extensão 7,8 km
VLT Linha 5 – extensão 1,5 km
O sistema foi proposto em 2019, em um estudo específico de implementação, ligando os municípios de Vitória e Serra, passando pelo aeroporto, com extensão total de 18,3 km.
Trata-se de um sistema totalmente automatizado, o que significa que não necessita de tripulação, possibilitando a condução autônoma de 2 a 4 vagões de 70 passageiros cada um, com velocidade média de 35 km/h.
O sistema Sky Shuttle é um modo de transporte urbano sobre trilhos elevados que se movimenta sobre uma única viga de concreto ou aço elevada, o que permite a operação acima do tráfego rodoviário e pedonal, reduzindo a interferência com outros modos de transporte.
O sistema foi pensado para atender até 8 mil passageiros por hora e para funcionar de forma paralela ao sistema de ônibus. O traçado não foi projetado para passar pela Reta da Penha, pois poderia impactar a visão do Convento da Penha e de outros pontos de preservação de paisagem. Por isso, o percurso foi deslocado para a Leitão da Silva.
Na proposta do governo, a ideia é que o Sky Shuttle seja financiado e operado pela iniciativa privada. O modelo já foi proposto pela BYD, que projeta, fabrica, instala e testa o sistema.
Os trajetos propostos são os seguintes:
Rota principal
Ramal
No projeto apresentado ao BNDES, também há uma sugestão de trem urbano de passageiros, ligando o Ramal Museu Ferroviário até Vila Bethania, em Viana, com extensão do ramal para atendimento da população dos bairros de Areinha, Primavera e Bom Pastor, além dos estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), localizado em Vitória.
A ideia é possibilitar uma ligação futura da cidade de Viana até os municípios de Marechal Floriano e Domingos Martins, via infraestrutura ferroviária já existente, porém, ociosa.
Além do trem urbano, o plano contempla o trem regional de passageiros, com dois trechos: Museu Ferroviário até o município de Marechal Floriano; Museu Ferroviário ao Contorno da BR 101.
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