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Mais de mil comerciantes tiveram prejuízos com as chuvas no Sul do ES

Mais de mil comerciantes tiveram prejuízos com as chuvas no Sul do ES

Estimativa é da Federação do Comércio do Espírito Santo. Em Cachoeiro, reconstrução de lojas pode levar até seis meses segundo levantamento da Associação Comercial do município. Só na cidade, perdas chegam a R$ 95 milhões

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 16:50

Cheia do Rio Itapemirim deixou bairros de Cachoeiro inundados e deixou rastro de lama e prejuízo para comerciantes Crédito: Bruna Hemerly

Mais de mil comerciantes na região Sul do Espírito Santo foram atingidos pelas chuvas e alagamentos das últimas semanas e tiveram prejuízos. A estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-ES) e abrange os municípios de Cachoeiro de ItapemirimIconhaAlfredo ChavesVargem Alta e Rio Novo do Sul.

“Iconha, por exemplo, tem que ser reconstruída - os pequenos e micro empresários perderam tudo e não tem estrutura para se reconstruir. E o problema é que as chuvas persistem, então a situação pode piorar”, comentou o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri.

Sepulcri disse que pelo tamanho do estrago, ainda é impossível quantificar os prejuízos. Ele destacou, porém, que tem feito reuniões com representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) para alinhar os procedimentos de recuperação dos lojistas junto aos governos federal e estadual.

“Sabemos que existem obrigações fiscais que estão vencidas, ou por vencer. Então precisamos ter compreensão do governo federal e do estadual para postergar o pagamento. Precisamos também saber como vai ser feito para dar baixa no estoque perdido. Vai ter que pagar imposto?”, questionou.

APÓS CHUVAS, PREOCUPAÇÃO COM EMPREGOS E BUROCRACIA

Até por conta disso, os empresários reunidos com o Conselho de Representantes da Fecomércio vão encaminhar sugestões e apelos ao governo do Estado e dos municípios atingidos, como postergação de impostos de qualquer natureza, por seis meses, até que as empresas atingidas se recomponham de suas atividades.

Outro ponto de atenção é em relação aos empregados dos locais atingidos. “Tem gente que perdeu tudo. Não tem como continuar trabalhando. E o que vai ser feito com os empregados? Vão ser demitidos? Tem que se pensar no lado social e numa assistência para esses estabelecimentos”, defendeu o presidente da Fecomércio.

EM CACHOEIRO, RECONSTRUÇÃO DE LOJAS PODE LEVAR SEIS MESES

A prioridade agora é a limpeza e reconstrução das lojas que foram atingidas. Em Cachoeiro de Itapemirim, segundo projeção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da cidade (Acisci), a reestruturação do comércio local afetado pela cheia do Rio Itapemirim pode demorar até seis meses. 

"Acreditamos que cerca de 10% dos comerciantes atingidos podem nem conseguir voltar - tamanha a perda que tiveram. Os demais, até estabilizar, vai levar uns seis meses", disse Juarez Marqueti, diretor de Comunicação da Acisci.

Segundo levantamento da Associação, 467 empresas foram atingidas no município e as perdas chegam a R$ 95 milhões. “Nesse valor consideramos tudo. Os danos às edificações, os estoques que foram perdidos… tem gente que perdeu absolutamente tudo. Restaurantes tiveram os freezeres levados… É um cenário de guerra”, comentou Marqueti.

Agora, a Acisci trabalha junto ao governo do Estado para conseguir linhas de crédito com juros diferenciados para os lojistas de Cachoeiro.

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