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ES é 1° em solidez fiscal, mas cai uma posição em ranking de competitividade

ES é 1° em solidez fiscal, mas cai uma posição em ranking de competitividade

Espírito Santo ocupa a sétima colocação geral. Segundo levantamento, Estado cresce em três dos dez pilares avaliados pelo levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP)

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 07:59

 Diversidade cultural faz do Espírito Santo um território com alto potencial para o turismo sustentável
Diversidade cultural faz do Espírito Santo um território com alto potencial para o turismo sustentável Crédito: Yuri Barichivich

Depois de conquistar uma elevação de quatro posições em 2024, o Espírito Santo ficou na sétima colocação neste ano no Ranking de Competitividade dos Estados, caindo uma posição em relação ao ano passado. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e avalia o desempenho das unidades da federação em indicadores como Segurança Pública, Infraestrutura e Educação. O estudo também traça o cenário dos municípios.

O Espírito Santo segue líder no pilar de Solidez Fiscal, além de permanecer como o terceiro melhor da Região Sudeste no ranking geral. Em solidez fiscal, o Estado lidera os indicadores de Gasto com Pessoal, Poupança Corrente e Regra de Ouro.

Em relação aos demais pilares, o Estado subiu em Potencial de Mercado (+3, na 18ª), Segurança Pública (+1, na 22ª) e Eficiência da Máquina Pública (+1, na 8ª). Vale destacar que o Espírito Santo segue na segunda melhor colocação no pilar de Infraestrutura e na quarta no pilar de Sustentabilidade Ambiental.

O Estado mais bem colocado da Região Sudeste é São Paulo (1º), seguido por Minas Gerais (6º), Espírito Santo (7º) e Rio de Janeiro (15º).

Carla Marinho, relações governamentais e competitividade do CLP, explica que a queda de uma colocação do Espírito Santo na posição geral ocorreu, principalmente, por quedas em indicadores dentro do pilar de inovação, como bolsas de mestrado e doutorado, patentes e estrutura de apoio à inovação. Outros Estados apresentaram avanços mais significativos, o que impactou a posição relativa do Espírito Santo

Ela aponta que a queda, embora pequena, serve de alerta devido ao avanço de outros estados, como Minas Gerais.

Sobre o Estado manter a primeira posição em Solidez Fiscal, Carla considerou um resultado difícil para quem já está no topo. A representante do CLP ressaltou que esse pilar é crucial para o não endividamento, a sustentação das políticas públicas e a capacidade de investimento. Indicadores como o índice de liquidez, planejamento orçamentário e resultado primário mostraram bom desempenho.

Outros destaques do Estado estão em Potencial de Mercado e Eficiência da Máquina Pública. O primeiro foi onde o Espírito Santo mais subiu, impulsionado pela melhora na qualidade do crédito para pessoas físicas e a redução do comprometimento de renda da população, o que o coloca entre os estados menos endividados.

O pilar Eficiência da Máquina Pública subiu uma posição e agora está entre os 10 melhores em nível nacional. Houve avanços significativos no equilíbrio de gênero no serviço público estadual (primeira posição nacional), equilíbrio de gênero na remuneração pública e no índice de oferta de serviços públicos digitais.

O que é o Ranking de Competitividade?

Na décima quarta edição do Ranking de Competitividade dos Estados, a avaliação das 27 unidades federativas foi feita a partir de 100 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros. São eles: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. Neste ano, foi incluído o indicador de feminicídio (total de vítimas de feminicídio por 100 mil mulheres).

“Tomar decisões com base em dados e evidências é essencial para tornar o setor público mais eficiente. O ranking é uma ferramenta estratégica nesse processo, pois orienta a formulação de políticas públicas a partir de diagnósticos precisos, indicadores consolidados e análise de desempenho. Com ele, o poder público avança para decisões cada vez mais embasadas em informações concretas e menos em opiniões”, afirma Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP.

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