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Publicado em 22 de abril de 2025 às 17:31
A decisão sobre o processo de renovação contratual da EDP no Espírito Santo foi adiada mais uma vez pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na reunião desta terça-feira (22), seria definida pela agência a recomendação ou não ao Ministério das Minas e Energia (MME) sobre a renovação do contrato por 30 anos, mas o processo foi paralisado após pedido de vista (mais tempo) feito pelo diretor Ricardo Tili.>
Na primeira reunião sobre o tema, no dia 1° de abril, a diretora Ludimila Lima da Silva, relatora do caso, emitiu um parecer favorável pela renovação e votou na recomendação ao MME pela prorrogação do contrato. Mas o diretor Fernando Mosna solicitou vista para fazer uma análise mais detalhada do processo. >
Nesta terça (22), Mosna apresentou sua análise e deu um voto favorável para a renovação, incluindo sugestões para a processo dessa e das demais concessões que deverão ainda ser analisadas pela Aneel. Entre as recomendações do diretor, destacam-se a realização de audiências públicas e o pedido para que as áreas técnicas passem a incorporar nas próximas avaliações de concessões indicadores de qualidade do serviço de energia elétrica, sendo critério para recomendação ou não da renovação. >
Como o contrato da EDP se encerra no próximo dia 17 de julho, Mosna considerou dispensável a realização da audiência pública nesse processo, em função da proximidade da data do fim da concessão.>
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Mesmo tendo feito o pedido de vista nesta terça (22), Ricardo Tili afirmou que a análise sobre o processo da EDP no Espírito Santo será realizada com urgência. >
Já foi concluído que a EDP cumpre os requisitos relacionados ao critério de continuidade do fornecimento. A área técnica também observou que a concessionária cumpre os requisitos relacionados ao critério de gestão econômico-financeira.>
A sugestão sobre os indicadores de qualidade causou divergência entre os diretores da Aneel. A diretora Agnes da Costa disse que a formulação de novo critério levaria a riscos, considerando que não houve participação de agentes externos para a proposta. Ricardo Tili pediu vista para avaliar com as áreas técnicas essa observação.>
A relatora Ludimila Silva chegou a alterar seu voto da primeira reunião, recomendando a prorrogação da EDP e, em paralelo, uma consulta à Procuradoria a respeito de adotar critérios adicionais sugeridos.>
Procurada, a EDP afirmou que mantém sua confiança nas instituições que regulam o setor e acredita que a assinatura do contrato da prorrogação acontecerá até o fim de maio. A concessionária diz ainda que a renovação será "um marco de grande valor para a empresa, garantindo previsibilidade, segurança e fortalecendo nossa atuação no país pelos próximos anos".>
Após a decisão da Aneel, o MME tem 30 dias para decidir e convocar para assinatura do contrato. A partir daí, as distribuidoras têm 60 dias, contados da convocação, para assinar os aditivos aos novos acordos de concessão. >
Nos novos contratos, estão previstos investimentos em modernização, digitalização de redes, medição inteligente, resiliência de redes frente a eventos climáticos, entre outras obrigações. >
Com informações da Agência Estado>
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