Publicado em 29 de abril de 2021 às 19:50
Desde o início da pandemia de Covid-19 nada foi tão esperado quanto a descoberta da vacina. Arma mais poderosa para conter o avanço da doença e estancar as mortes, ela chegou ao Brasil em janeiro desse ano. No entanto, a imunização em massa dos brasileiros vem acontecendo em um ritmo abaixo do desejado, em parte, por falta de insumos e estrutura para isso. >
Preocupados com essa situação, voluntários, empresários e organizações têm se unido em diferentes campanhas para minimizar os impactos da pandemia e auxiliar o Sistema Único de Saúde (SUS). No Espírito Santo, dois deles se destacam: a União ES e o Unidos pela Vacina - ambos apoiados pela Rede Gazeta. >
A plataforma União ES mobiliza campanhas de arrecadação de recursos para compra de insumos e cestas com alimentos e produtos de higiene para famílias em situação de vulnerabilidade social. O movimento conta com a adesão do movimento ES em Ação e da Federação das Indústrias do Espírito Sando (Findes), por meio do Centro Industrial do Espírito Santo (Cindes).>
Desde abril de 2020, a União ES já arrecadou mais de R$ 420 mil, revertidos em mais de 7 mil cestas básicas, segundo os dados disponibilizados no site da plataforma. Agora, o grupo também mobiliza uma nova campanha para arrecadar R$ 800 mil para a compra de itens como caixa coletora de resíduos, bobinas de gelo reutilizáveis, algodão, face shield, óculos de proteção e adesivo para curativo, entre outros itens. >
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Pessoas físicas e empresas podem fazer doações a partir de R$ 60, mas a meta ainda parece distante: o total arrecadado nas últimas semanas foi de pouco mais de R$ 8 mil.>
“Vemos muitas correntes, ‘vaquinhas’ e tudo isso é valido. Mas queremos mostrar que aqui é rápido, seguro e com diferentes possibilidades de ajudar. O que queremos é facilitar o acesso da população à vacina. Quanto mais vacinados, paramos as mortes e conseguiremos voltar a nos relacionar, fazer negócios, estudar e viver uma nova realidade”, pontua o diretor-executivo do ES em Ação, Orlando Bolsanelo Caliman.>
Em janeiro deste ano, respondendo a um chamado da empresária Luiza Helena Trajano, o grupo Mulheres Pelo Brasil também iniciou uma articulação que deu origem ao movimento Unidos Pela Vacina. De abrangência nacional, o grupo realizou uma pesquisa em praticamente todos os municípios brasileiros – apenas uma das 5.770 cidades brasileiras não respondeu o questionário – e descobriu quais insumos necessários para execução do PNI podem acabar ou já estão em falta nas localidades. >
No Espírito Santo, por exemplo, os resultados apontaram que dos 78 municípios capixabas, 63 apresentam demandas como construção e acabamento dos postos de vacinação, serviços de telecomunicações, higiene e limpeza, vestuário e uniformes, insumos hospitalares e instrumentos de medição (termômetros para pacientes e vacinas). >
Em todo o Estado, de acordo com dados do Unidos pela Vacina, 35% das salas de vacinação não estão em ambientes totalmente adequados, 19% dos postos não têm acesso à internet, 12% não têm um computador e menos da metade das cidades (48%) contam com locais de vacinação abertos aos sábados e domingos.>
Com esses dados em mãos, chegou a hora de agir. A proposta do Unidos Pela Vacina é que empresas se voluntariem a ser madrinhas de municípios para fornecer os recursos necessários para resolução desses obstáculos. Companhias como a Natura e BRK Ambiental, por exemplo, chegam a "amadrinhar" Estados inteiros, como é o caso do Pará e do Tocantins, respectivamente. No Espírito Santo, segundo a CEO do Grupo Mulheres do Brasil, Marisa Cesar, seis cidades já foram amadrinhadas.>
Marisa garante que existem possibilidades adequadas para a realidade de empresas de diferentes portes: “Nós temos demandas de municípios que são menores, que uma empresa gastaria cerca de R$ 10 mil para ser madrinha. Obviamente, municípios maiores, tem demandas de até R$ 250 mil. São diferentes tamanhos e possibilidades”.>
Além do amadrinhamento, empresas ou pessoas físicas também podem apoiar o Unidos Pela Vacina de outras formas, como a doação de itens específicos ou mesmo a disponibilização de serviços logístico ou de transporte de pessoas, por exemplo, e para isso podem acessar o site do movimento. >
A meta do grupo é oferecer condições para viabilizar a vacinação de todos os brasileiros até setembro de 2021. O movimento ressalta, ainda, que o objetivo da campanha é exclusivamente dar apoio ao governo federal através do SUS, que não tem interesses comerciais e é contrário à compra direta de vacinas para uso privado.>
“O legado que o movimento Unidos Pela Vacina espera deixar é o de que somente unidos, tanto o setor privado, pessoas físicas, organizações sociais quanto o próprio governo é que nós vamos conseguir vencer o vírus e, finalmente, conseguir estancar o tanto de vidas que estamos deixando pelo caminho”, confia Marisa.>
Em junho de 2020, quando o governo federal passou a dificultar o acesso a dados sobre a pandemia no Brasil, um consórcio de veículos formado por G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL começou a levantar esses dados diariamente nos 26 estados e do Distrito Federal. Já em 2021, o grupo decidiu promover a campanha “Vacina Sim” para estimular a adesão dos brasileiros à vacina. >
O conteúdo das peças é direcionado à aumentar a confiança na imunização, além de reforçar a necessidade de cuidados mesmo para aqueles que já foram vacinados. Artistas, jornalistas e apresentadores convidam o público a levantar a manga da camisa, mostrar o braço e dizer sim à vacina, “Vacina Sim”. Através do portal G1 ES e da TV Gazeta, a Rede Gazeta se une ao consórcio de veículos de imprensa para essa campanha.>
"O nosso propósito, como rede de comunicação, é ajudar a promover um Estado mais forte e dinâmico para todos. A pandemia tem sido um grande problema não só para os capixabas, porque sob o aspecto econômico e social, só conseguiremos avançar quando vencermos esse capítulo triste da história. A vacinação é o único caminho para que cheguemos lá. Por isso, apoiar essas iniciativas é uma forma de contribuirmos para acelerar essa retomada da vida normal", afirma o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg.>
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