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24,5 mil empregados no ES devem fazer teste que detecta Covid-19 em 8 minutos

24,5 mil empregados no ES devem fazer teste que detecta Covid-19 em 8 minutos

Serviço que analisa antígenos é feito de modo semelhante ao teste PCR, porém tem resultado mais rápido. Cerca de 500 empresas do setor de comércio exterior e do segmento atacadista vão poder aderir

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 05:01

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Teste de antígenos para detectar coronavírus é aplicado em trabalhadores do comércio exterior e setor atacadista. (Diego Dutra/Sindiex/Divulgação)

A pandemia do novo coronavírus afetou duramente a rotina das empresas, que tiveram que se adequar às pressas a uma série de medidas para evitar a contaminação de seus funcionários. Entre reforço de medidas de higiene e afastamento de grupos de risco, diversos protocolos foram adotados. Mas, à medida que as atividades vão sendo retomadas, outras estratégias estão sendo criadas. E um delas é aplicar um novo tipo de teste que dá resultado em oito minutos e promete ser mais confiável que outros exames rápidos realizados no mercado.

A fim de evitar um surto de coronavírus no ambiente de trabalho, cerca de 500 empresas atacadistas e que atuam com comércio internacional devem testar 24,5 mil funcionários para o retorno das atividades presenciais agora em agosto e em setembro.

A previsão é de uma testagem em massa, viabilizada por meio de um convênio firmado entre o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) e o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) com empresas que fornecem os testes para identificação da Covid-19.

Segundo Gustavo Ribeiro, um dos médicos responsáveis pelo programa, o diagnóstico é obtido por meio de teste de antígenos. Mas, diferentemente do chamado teste rápido – feito por meio da coleta de sangue –, este é realizado por meio da coleta de uma amostra nasofaríngea, com swab (um tipo de cotonete), semelhante à técnica utilizada no exame de PCR, que é o mais indicado para o diagnóstico da doença.

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A taxa de confiabilidade é maior que a do chamado teste rápido, pois identifica os sintomas ainda no início, ou mesmo em casos assintomáticos. Mas o fato de que o trabalhador testou negativo não significa que não possa se infectar no futuro. O ideal é que o teste seja repetido periodicamente

Gustavo Ribeiro
Médico e responsável por aplicar os testes
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EMPRESAS DEVEM ADOTAR OUTRAS MEDIDAS PARA EVITAR A COVID-19

Profissionais aguardam para passar por teste oferecido pela empresa onde trabalham. (Diego Dutra/Sindiex/Divulgação)

A testagem em massa é uma recomendação às empresas, que, apesar disso, podem optar por testar somente os trabalhadores sintomáticos, conforme explicou o presidente do Sindiex, Sidemar de Lima Acosta.

“Mas, via de regra, há alguns procedimentos que devem ser seguidos. Além das medidas de higiene e distanciamento, é preciso fazer uma triagem dos trabalhadores, medir a temperatura na entrada, verificar se apresentaram algum sintoma ou tiveram contato com alguém possivelmente contaminado. A qualquer sinal de alerta, o trabalhador deverá ser encaminhado para realizar o teste.”

Para cada trabalhador testado, a empresa precisará pagar R$ 125. Normalmente, custaria mais de R$ 200. Outros tipos de exames, como o que identifica o IgG, o teste rápido e o PCR, custam, respectivamente, em média, R$ 150, R$ 225 e R$ 360.

Os testes foram iniciados no começo deste mês e serão realizados enquanto houver demanda por partes das empresas. A ideia é que o método seja usado até durante todo o período em que as companhias tiverem empregados com resultado positivo para a nova doença.

O presidente do Sincades, Idalberto Moro, destacou a importância do serviço, que considerou como essencial para garantir a segurança dos trabalhadores. "Estamos bastante felizes com a iniciativa, porque se trata de uma doença nova, com a qual nunca lidamos.  Agora, teremos embasamento para tomar as medidas necessárias.”

EMPRESAS PODEM APLICAR OS TESTES

O advogado trabalhista Wiler Coelho destacou que não há impedimento para que as empresas testem seus funcionários. "Entendo que, para uma retomada às atividades mais segura e consciente, as empresas devem testar. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a testagem ainda é uma grande forma para que se tenha certo controle sobre o vírus."

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