Publicado em 25 de abril de 2025 às 17:32
O papa Francisco nomeou oito bispos do Espírito Santo ao longo dos 12 anos de pontificado à frente do Vaticano, encerrado na segunda-feira (21), com sua morte. A diocese que mais teve padres nomeados bispos no Estado foi a de São Pedro, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, seguida pelas dioceses de São Mateus e de Colatina. As informações são do padre Renato Criste, referencial dos bispos no Espírito Santo, designado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para conversar com a reportagem de A Gazeta.
O primeiro padre nomeado bispo no Espírito Santo foi dom Ailton Menegussi. Natural do Córrego das Flores, na zona rural de Nova Venécia, onde possui familiares, o padre da diocese de São Mateus foi nomeado pelo papa Francisco como bispo de Crateús, no Ceará, em 6 de novembro de 2013. Tomou posse pouco mais de um mês depois, em 4 de janeiro de 2014.
Em 22 de dezembro de 2021, atendendo a um pedido do arcebispo de Vitória, dom Dario, o papa Francisco escolheu o padre Andherson Franklin Lustosa de Souza, da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, para ser bispo auxiliar da Arquidiocese da Capital do Espírito Santo. A posse ocorreu no primeiro trimestre de 2022.
Da Diocese de São Mateus, o papa Francisco nomeou bispo o padre Edivalter Andrade, em 29 de março de 2017, para a Diocese de Floriano, no Piauí. Ele tomou posse em 24 de junho do mesmo ano e, em 8 de novembro de 2023, foi transferido pelo mesmo papa para a vacante Diocese de Parnaíba, também no Piauí. Nos bastidores da Igreja Católica, a transferência de dom Edivalter foi interpretada como uma promoção. O religioso foi criado em Barra de São Francisco, onde possui família.
Então pároco de Rio Novo do Sul, na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, o padre Joselito Ramalho Nogueira — conhecido pelo título de prestígio na Igreja Católica, "monsenhor" — foi um dos três bispos auxiliares nomeados pelo papa Francisco para a arquidiocese do Rio de Janeiro em 25 de fevereiro, quando o papa já estava internado em Roma, e seguia despachando do hospital. A ordenação episcopal, cerimônia religiosa em que o padre se torna bispo, com a participação de ao menos três bispos já ordenados, está prevista para ocorrer em 27 de abril deste ano.
Em 7 de junho de 2017, o papa Francisco nomeou bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro o padre Juarez Delorto Secco, da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim. A ordenação episcopal ocorreu em 9 de setembro do mesmo ano. Já em 13 de dezembro de 2023, o pontífice o transferiu, nomeando-o bispo da Diocese de Caratinga, em Minas Gerais.
Em 21 de outubro de 2015, o papa Francisco nomeou o então padre da Diocese de Colatina, Paulo Bosi Dal’Bó, como bispo da Diocese de São Mateus. Foi ordenado bispo em uma cerimônia religiosa realizada em 12 de dezembro de 2015. Nascido em Rio Bananal, o bispo deve completar uma década à frente da Igreja Católica de São Mateus neste ano. É dele a foto que viralizou no Espírito Santo em 2016, durante um encontro com o papa no Vaticano, em que arrancou risadas de Francisco.
No dia 8 de março de 2017, o papa Francisco nomeou o então padre redentorista Vicente de Paula Ferreira como bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Foi ordenado bispo em 7 de maio do mesmo ano. Em 1º de fevereiro de 2023, o papa Francisco o transferiu de Belo Horizonte ao nomeá-lo bispo da diocese de Livramento, na Bahia. Vicente é natural do distrito de Araraí, em Alegre, município que pertence à diocese de Cachoeiro de Itapemirim.
No dia 24 de fevereiro de 2016, o papa Francisco nomeou o padre Zenildo Luiz Pereira da Silva, da Congregação do Santíssimo Redentor, como bispo coadjutor da Prelazia de Borba, no Amazonas, com direito à sucessão.
Em 20 de setembro de 2017, sucedeu o titular, e o papa criou formalmente a Diocese de Borba, deixando dom Zenildo como seu primeiro bispo. Nascido em Linhares (município de gestão da diocese de Colatina), no Norte do Espírito Santo, mudou-se com a família para Cacoal, em Rondônia, aos cinco anos, e exerceu praticamente todo o ministério sacerdotal no Amazonas.
Os 8 bispos citados na matéria nasceram no Espírito Santo. Dois tiveram formação em congregações, fora do Estado - dom Vicente e dom Zenildo.
Como ocorre a escolha de um padre como bispo da Igreja Católica?
Em janeiro deste ano, após ter sido nomeado arcebispo de Vitória, A Gazeta conversou com exclusividade, à época, com o então arcebispo nomeado pelo papa Francisco, dom Ângelo Ademir Mezzari. Dentre várias perguntas, a reportagem questionou sobre o processo de escolha, dentro da Igreja Católica, dos bispos e arcebispos que assumem dioceses e arquidioceses, e ele deu detalhes. Leia aqui.
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