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Proibição de aulas presenciais provoca indignação, diz sindicato

Proibição de aulas presenciais provoca indignação, diz sindicato

O presidente da entidade que representa as escolas particulares, Moacir Lellis, afirmou que instituições foram surpreendidas com a decisão do governo

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 22:51

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Escolas adotam medidas de segurança para volta às aulas
Aulas presenciais foram novamente suspensas em Vitória e mais quatro cidades nesta segunda-feira (23). (Fernando Madeira)

No primeiro dia de escolas novamente fechadas em Vitória, Cariacica e mais três cidades que foram incluídas no risco moderado de transmissão do novo coronavírus no Espírito Santo, o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe) demonstra indignação diante da decisão, tomada na última semana, que suspendeu as aulas presenciais nesses municípios. 

O presidente da entidade, Moacir Lellis, afirma que as escolas particulares receberam a notícia com surpresa e indignação na última sexta-feira (20), quando o governador Renato Casagrande comunicou a  classificação de mais cidades em risco moderado, impondo, entre outras restrições, a retomada das atividades remotas.

“Foi uma surpresa muito grande para nós essa decisão do governador. O transtorno que isso causou, não só para as escolas, mas para as famílias também. Ficamos indignados com a decisão”, frisa.

Uma reunião está marcada para esta terça-feira (24) e vai contar com representantes do Estado, das escolas, do Ministério Público e entidades que representam os profissionais para mais uma rodada de discussão sobre a suspensão das atividades presenciais. A expectativa das instituições particulares, segundo Lellis, é que a posição do governo seja revista.

“Como fomos convidados para a reunião com o secretário de Governo, Tyago Hoffmann, nós vamos participar e, dependendo do que for decidido, vamos ver qual o procedimento a seguir. Esperamos um desfecho positivo, porque o reflexo foi muito negativo para as famílias”, reafirma.

As aulas haviam sido retomadas de forma presencial no início do mês de outubro. De lá para cá, unidades precisaram ser fechadas por casos de Covid-19 entre alunos e professores, outras decidiram pelo retorno de atividades somente remotas após o crescimento de registros da doença. Com o aumento da transmissão, da ocupação de leitos por pacientes com coronavírus e mudanças na classificação de risco, as aulas presenciais foram novamente suspensas em algumas cidades.

MAIS 230 CASOS CONFIRMADOS

Dez dias depois da primeira divulgação do número de casos confirmados do novo coronavírus, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) fez mais 230 registros da Covid-19 em estudantes e profissionais da educação no Espírito Santo. 

No último dia 13, o secretário Vitor de Angelo informou um total de 648 casos, sendo 126 no ensino superior (87 estudantes e 39 profissionais); 196 nas escolas particulares (70 estudantes e 126 profissionais); e 326 nas escolas estaduais (26 estudantes e 300 profissionais).

Nesta segunda (23), a Sedu apontou que chegou a 164 o número de infectados no ensino superior (112 estudantes e 52 profissionais); 290 nas escolas particulares (91 estudantes e 199 profissionais); e 424 nas escolas estaduais (41 estudantes e 383 profissionais), totalizando 878 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus após o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo. Os dados, contudo, não significam que a contaminação ocorreu no ambiente escolar ou acadêmico. 

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