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IBGE: 80% dos moradores do ES foram ao médico em um ano

IBGE: 80% dos moradores do ES foram ao médico em um ano

No levantamento, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta os indicadores de acesso e utilização dos serviços de saúde no Estado

Publicado em 7 de setembro de 2020 às 08:07

Pelo concurso, os médicos vão ganhar R$ 4 mil por 20 horas semanais e R$ 8 mil por 40 horas semanais.
Atendimento médico: maior procura pelo serviço está relacionada ao poder aquisitivo da população Crédito: Sinop

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta semana, o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Pelo levantamento, 80,7% dos moradores do Espírito Santo procuraram atendimento médico, ao longo de 12 meses antes da data da entrevista, e, entre os que precisaram de internação, a maioria recorreu ao serviço público, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

No país, a busca por assistência apresentou um índice um pouco menor, de 76,2%, mas revelou-se crescente no comparativo com a PNS anterior, realizada em 2013. O estudo aponta, ainda, que a proporção de pessoas que consultaram médico cresce à medida que a faixa de rendimento domiciliar per capita se torna mais elevada, demonstrando, assim, uma vinculação direta entre a realização de consulta e o nível de renda.

Já em relação às internações, enquanto no Brasil 64,6% das pessoas recorreram ao SUS, no Espírito Santo 67,4% utilizaram-se do serviço público. Edson Pistori, assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ressalta que os hospitais da rede própria estão bem estruturados para o atendimento à população, sobretudo no que diz respeito à equipe assistencial. 

"A rede hospitalar é muito boa. Alguns hospitais têm uma estrutura um pouco antiga, mas o corpo clínico é preparado. Se eu, eventualmente, tiver um problema neural, vou preferir ir para o Hospital Central do que para um privado, por exemplo, porque a melhor equipe de neuros está lá", assegura.

Questionado sobre dificuldades e a sobrecarga de demanda no SUS, Edson Pistori reconhece que há espaço para melhorias. "Obviamente, precisamos expandir algumas áreas, como cirurgia de cabeça e pescoço, e recuperar algumas estruturas antigas, como o hospital de São Mateus (Roberto Silvares) e o Dório Silva (Serra), mas, comparando a outros Estados, o Espírito Santo está muito bem."

Após os investimentos realizados devido à pandemia da Covid-19,  afirma Edson Pistori, a população do Espírito Santo também contará com a ampliação da oferta de leitos. Ele ressalta que o Estado tomou decisão acertada ao optar por direcionar recursos para a rede própria em vez de hospitais de campanha, que se mostraram um problema em vários locais, como Rio de Janeiro e São Paulo. Assim, serão quase 20% a mais no volume de leitos, em instalações permanentes de enfermaria e UTI no SUS capixaba, para atender todas as comorbidades.

PESQUISA

Com a proposta de investigar o acesso e a utilização dos serviços de saúde, a PNS apresenta um retrato da área em cada Estado brasileiro. Além da assistência médica, são analisados outros aspectos que contribuem para a qualidade de vida e saúde, tais como água encanada, tratamento de esgoto e coleta de lixo. 

No Espírito Santo, quase 100% da população têm água encanada em pelo menos um cômodo; do domicílio de 91,4% dos moradores o lixo é coletado; e 77,7% possuem banheiro com sistema de esgotamento sanitário.

Outro quesito avaliado é a presença de animais domésticos. No Estado, a quantidade de cães e gatos não chega à metade das casas, porém, nos locais em que estão presentes, 77,3% são vacinados.

As informações da PNS 2019 servem, segundo o IBGE, para subsidiar a formulação de políticas públicas nas áreas de promoção, vigilância e atenção à saúde do SUS.

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