Repórter / [email protected]
Publicado em 17 de abril de 2024 às 11:28
Em decorrência da greve dos professores, que reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, os portões da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) devem permanecer fechados no campus de Goiabeiras, em Vitória, pelo menos até a próxima sexta-feira (19), de acordo com a Associação dos Docentes da universidade (Adufes). No local, estão suspensas as atividades acadêmicas e administrativas.>
Na segunda-feira (15), com o início da paralisação, todas as entradas da universidade foram bloqueadas, deixando cerca de 11 mil alunos de cursos superiores sem aula e sem acesso ao restaurante universitário (RU), bancários sem trabalhar e 445 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Experimental de Vitória sem acesso ao prédio escolar, situado dentro do campus.>
Na ocasião, por conta do fechamento do RU, aproximadamente dois mil alunos do campus de Maruípe também foram prejudicados, já que o local conta com o envio de refeições preparadas em Goiabeiras e não pôde funcionar.>
Já na terça-feira (16), o acesso foi parcialmente liberado no Portão Norte no campus de Goiabeiras, permitindo que o RU funcionasse, assim como as agências bancárias e a escola da prefeitura. Na manhã desta quarta-feira (17), a reportagem de A Gazeta constatou que os portões principais seguem fechados, mas que o RU funciona entre 11h30 e 12h30 para almoço, e entre 17h30 e 18h30 para jantar, enquanto as aulas seguem normais na escola municipal.>
>
A reivindicação dos docentes é para 22,71% de reajuste salarial, dividido em três parcelas iguais em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero para este ano e dois aumentos de 4,5% em 2025 e 2026. Os professores também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.>
Na tarde de terça (16), os representantes da gestão da Ufes se reuniram com os membros do movimento grevista, solicitando a abertura dos portões de acesso ao campus de Goiabeiras, visando à “garantia do direito constitucional de ir e vir da comunidade”.>
Segundo a Ufes, na ocasião também foi debatida a continuidade do acesso à escola municipal e o funcionamento do RU, assim como a abertura do Teatro Universitário para a realização de eventos acadêmicos e culturais previamente agendados, serviços realizados por empresas terceirizadas e o acesso dos diretores aos centros de ensino.>
“Outro ponto abordado durante a reunião foi a participação de representantes estudantis no grupo de trabalho que acompanhará o movimento grevista dos docentes. Foi acordado que, assim como os professores, os estudantes terão quatro representantes. A Reitoria aguarda a indicação dos nomes dos docentes e dos estudantes que constituirão o grupo. Foi reiterada, ainda, a manutenção dos auxílios estudantis e das bolsas que estão sob a gestão da Ufes”, divulgou a universidade.>
Além da atual greve dos docentes, servidores das áreas técnicas e administrativas da Ufes estão em greve desde março, também em busca de melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial.>
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes), a principal reivindicação é a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos (PCCTAE) e o reajuste salarial de 34,32%, também defendido por outros servidores federais.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta