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Professores da Ufes iniciam greve e bloqueiam entradas da universidade

Professores da Ufes iniciam greve e bloqueiam entradas da universidade

Atividades na Universidade Federal do Espírito Santo foram paralisadas após categoria aprovar proposta de paralisação exigindo reajuste salarial

Publicado em 15 de abril de 2024 às 09:32

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Ufes inicia greve reajuste salarial e amanhece com entradas interditadas nesta segunda (15)
Ufes inicia greve reajuste salarial e amanhece com entradas interditadas nesta segunda (15) . (Ricardo Medeiros)
Roberta Costa
Estagiária / [email protected]

Os portões da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Goiabeiras, em Vitória, amanheceram fechados nesta segunda-feira (15) devido à greve promovida por professores universitários, que exigem reajuste salarial. Há pouco mais de um mês os servidores de áreas técnicas e administrativas já haviam iniciado paralisação.

As entradas para pedestres e para veículos foram interditadas com faixas e cartazes. O professor Rafael Bellan explicou ao repórter Kaíque Dias, da TV Gazeta, que na manhã desta segunda-feira acontece o primeiro ato político e convida a comunidade universitária a participar.

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As reivindicações tocam vários pontos, o principal é a precarização do trabalho docente. A gente tem tido perdas salariais muito intensas nos últimos anos, somando na casa dos 27%, e o apontamento do governo federal é de zero reajuste salarial para este ano

Rafael Bellan
Professor da Ufes
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Outro ponto levantado pela comunidade universitária é o orçamento repassado às universidades federais. Segundo o professor, o orçamento atual tem a mesma margem do repassado em 2010 e isso dificulta muito que as atividades nas universidades sejam realizadas.

greve foi anunciada na última terça-feira (9) após a proposta ter sido aprovada com 123 votos a favor e 65 em outra proposta —que havia a permanência do estado de greve, mas sem data para início do movimento— na sede na Assembleia dos Docentes da Ufes (Adufes). A reivindicação é para 22,71% de reajuste, dividido em três parcelas iguais em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero para este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.

A paralisação é uma pauta nacional e recebeu o apoio de estudantes e outros servidores da Ufes. Alunos, técnicos e professores federais da Universidade Federal do Espírito Santo foram para Brasília, no Distrito Federal, onde seguem realizando as reivindicações. As atividades essenciais da universidade serão mantidas durante a greve, afirmou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

Outras exigências feitas pelos docentes é a equiparação dos benefícios e auxílios oferecidos ao Legislativo e Judiciário. Além da Ufes, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) também aderiu à greve, sendo iniciada na última terça-feira (9)

Nota da Ufes sobre a greve | Na íntegra

"Administração Central da Ufes informa que, devido à greve dos servidores técnico-administrativos, iniciada no mês de março, e a dos professores, deflagrada nesta segunda-feira, 15, os portões de acesso ao campus de Goiabeiras foram bloqueados pelo movimento paredista, estando impedido o acesso para veículos e pedestres. Em virtude disso, todas as atividades presenciais do campus de Goiabeiras estão suspensas nesta segunda-feira.
Administração Central da Ufes informa ainda que, em reunião realizada na semana passada com a diretoria da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), onde também foi conversado sobre a paralisação, em nenhum momento a gestão da Universidade foi comunicada sobre esta ação, que prejudica não só a circulação dentro do campus, mas impede, por exemplo, o funcionamento do restaurante universitário no dia de hoje, em Goiabeiras, o fornecimento de refeições para o campus de Maruípe e demais serviços como agências bancárias, cantinas, etc."

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