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Grande Vitória pode ter ciclovia de quase 60 km ligando Serra a Guarapari

Grande Vitória pode ter ciclovia de quase 60 km ligando Serra a Guarapari

Projeto deve avançar com estudos elaborados pelo governo do Estado e com a colaboração das prefeituras da Grande Vitória

João Barbosa

Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br

Publicado em 2 de maio de 2025 às 15:23

Ciclovia da Rotatória do Ó, na Serra
Ciclovia da Rotatória do Ó, na Serra Crédito: Fernando Madeira

Grande Vitória pode ganhar a primeira ciclovia metropolitana do Brasil nos próximos anos. Com mais de 56 quilômetros, a faixa para ciclistas deve ligar a Serra a Guarapari, cruzando ainda Vitória Vila Velha. O planejamento foi divulgado na manhã desta sexta-feira (2) por Fábio Damasceno, secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura do Espírito Santo, em entrevista à Rádio CBN Vitória.

A Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) já havia divulgado estudos para a implantação de monotrilho, de VLT e para a expansão do Sistema Aquaviário na Grande Vitória no final de abril. Já nesta sexta, o secretário explicou que a ciclovia será fruto de um trabalho integrado do Estado com as prefeituras da Região Metropolitana para melhoria da mobilidade urbana.

Todo o conjunto de novidades nas vias capixabas, segundo Damasceno, faz parte de uma série de estudos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 21 regiões metropolitanas do Brasil.

No caso da ciclovia, chamada pelo secretário de Ciclovia da Vida Metropolitana — fazendo referência à via já existente para ciclistas na Terceira Ponte —, a conexão seria do Trevo de Carapina, na Serra, até Setiba, em Guarapari.

Projeção mostra distância a ser percorrida por ciclistas com ciclovias interligadas
Projeção mostra distância a ser percorrida por ciclistas com ciclovias interligadas Crédito: Google Maps / A Gazeta

“A Ciclovia da Vida é um case de sucesso que mudou a característica de transporte por bicicletas. Então, é um modal que temos que adotar na concepção urbana atual. O Estado tem suas limitações para implantar ciclovias, mas, em uma ação coordenada com as prefeituras, temos um projeto para essa nova conexão metropolitana”, disse Damasceno.

A ideia, segundo o secretário, é que as ciclovias já existentes na Serra, em Vitória e em Vila Velha se conectem com novas vias para a ligação com Guarapari.

“Vila Velha, por exemplo, já fez a ciclovia na Ponte da Madalena. Hoje é possível sair de Vitória e ir à Barra do Jucu [de bicicleta] e, em breve, Vila Velha vai ligar essa região até a Ponta da Fruta. Depois, temos uma ampliação de mais 15 quilômetros [de ciclovia] na Rodovia do Sol até Setiba”, ponderou o titular da Semobi.

Antiga estrutura da ponte desabou em 2017 após fortes chuvas que atingiram o Estado e reconstrução ocorreu ao longo do último ano.

Para o funcionamento da Ciclovia da Vida Metropolitana, Damasceno reiterou a responsabilidade das gestões municipais em promover obras de ampliação das ciclovias existentes e para a criação de novos trechos.

“Em Vitória, por exemplo, já existem as conexões da Avenida Dante Michelini e na Avenida Beira-Mar. Em Vila Velha, temos a ciclovia na Avenida Estudante José Júlio de Souza, em Itaparica. Com essas e outras conexões vamos ter uma ciclovia que antes era inimaginável na nossa região metropolitana”, destacou o secretário.

Obras atuais podem ajudar no projeto

O projeto da ciclovia, assim como os estudos para implantação de VLT e de monotrilho nas vias capixabas, ainda são fruto de estudos que passam por análises no Estado e por parte do BNDES e, por isso, ainda não é possível pontuar prazos para início de construções ou volume concreto de investimentos financeiros. Ainda assim, obras que estão em curso na Grande Vitória já podem auxiliar para o bom andamento do projeto da ciclovia metropolitana a longo prazo.

Na Serra, ainda em 2024, projetos apresentados pela gestão municipal apontavam para mais de 250 quilômetros de malha cicloviária em pontos movimentados da cidade, como Avenida Norte Sul; na ligação Serra Dourada-Jacaraípe; em Porto Canoa e em Balneário de Carapebus.

No Trevo de Carapina, de onde deve ser iniciada a conexão para a via citada por Fàbio Damasceno, o município já conta com espaços para ciclistas às margens da BR 101, em conexão com a Reta das Paneleiras, chegando em Vitória.

Na Capital, além da malha de ciclovias em vias como as avenidas Fernando Ferrari, Vitória, Leitão da Silva, Dante Michelini e Rio Branco, um projeto para reurbanização das orlas da cidade ainda prevê mais espaços para ciclistas na Avenida Beira Mar e em bairros como Pontal de Camburi e Santa Luiza.

Já em Vila Velha, além das vias nas orlas das principais praias do município, outra ciclovia de 6,5 quilômetros também é projetada ao lado de um corredor exclusivo de ônibus apresentado pelo governo do Estado.

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