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Expansões feitas no ES equivalem a 9 hospitais de campanha, diz secretário

Expansões feitas no ES equivalem a 9 hospitais de campanha, diz secretário

O Espírito Santo tem feito a opção de expandir o número de vagas hospitalares com a compra de leitos ociosos da rede privada de saúde, segundo secretário de Estado do Governo, Tyago Hoffmann

Publicado em 25 de maio de 2020 às 13:53

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Governador esteve com o secretário de Saúde na última quarta-feira (20), em visita ao Vila Velha hospital
Governado do ES tem comprados leitos de UTI das redes privadas de saúde. (Hélio Filho/Secom)

O número de contaminados com a Covid-19 no Espírito Santo tem crescido, assim como o número de mortes pela doença. E o avanço do novo coronavírus tem levantado o questionamento: não está na hora de abrir um hospital de campanha? De acordo com o governo do Estado, o Espírito Santo tem feito a opção de expandir o número de vagas hospitalares com a compra de leitos ociosos da rede privada. Tal atitude, disse o secretário de Estado do Governo, Tyago Hoffman, garantiu 450 novos leitos de UTI no Estado, o que corresponde a nove hospitais de campanha, segundo ele.

"Não estamos menosprezando a importância de abrir leito, estamos abrindo leito de outra forma. Um hospital de campanha tem no máximo 50 leitos de UTI, mais cerca de 100 leitos de enfermaria. Nós já abrimos 450 leitos de UTI. O Espírito Santo abriu nove hospitais de campanha fazendo expansão na sua rede, e são muito mais eficientes porque esses leitos não são desmontados quando acaba a pandemia. Eles vão ficar de legado, e toda a população capixaba vai se beneficiar dessa abertura de leitos. O Espírito Santo vai ter uma das melhores estruturas hospitalares do Brasil quando essa pandemia acabar", afirmou Hoffman, em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, da CBN Vitória, na manhã desta segunda-feira (25).

O secretário fez questão de esclarecer que a compra de leitos da rede privada é uma prática antiga no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, a compra dessas vagas não coloca em risco os hospitais particulares e não deixará os usuários de plano de saúde sem leito, caso necessitem. 

"A rede privada do Espírito Santo tem uma grande ociosidade. O SUS compra regularmente leitos da iniciativa privada a mais de 15 anos, isso não é novidade. Em 2019 reorganizamos os nossos hospitais e reduzimos drasticamente a compra de leitos desses hospitais. Isso fez com que alguns hospitais fechassem alas inteiras, com 60, 70 leitos de UTI. O que estamos fazendo agora é reativar essas estruturas já montadas. Elas são muito melhores que hospitais de campanha, porque são estrutura preparadas, hospitais de verdade, e não tenda, com leitos, equipamentos e equipes preparadas", explicou.

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Um hospital não é simplesmente montar uma estrutura e jogar as pessoas lá dentro. Precisamos de enfermeiros qualificados para UTI, intensivistas. Abrir um hospital de campanha também tem esse drama. Na rede privada, quando eu ocupo esses leitos que estão ociosos, sem deixar faltar para ninguém, isso faz com que custe menos aos cofres públicos e com uma estrutura muito melhor

Tyago Hoffman
Secretário de Estado do Governo
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CONSTRUÇÃO DE HOSPITAL DE CAMPANHA NÃO ESTÁ DESCARTADA

Ainda assim, a construção de um hospital de campanha não foi descartada pelo governo do Espírito Santo. Segundo Hoffman, isso vai acontecer se o Estado atingir a marca de 90% dos leitos de UTI ocupados. Para tentar evitar que isso aconteça, o governo comprou 160 respiradores para ampliar tratamento de Covid-19, que devem chegar na próxima semana.

"Nós nunca descartamos a possibilidade do hospital de campanha. Mas antes de chegarmos ao hospital de campanha temos a possibilidade de expansão de leitos, dentro da nossa rede, que já está acontecendo, por exemplo, no Jayme e no hospital Vila Velha. Temos ainda uma ociosidade, que com a chegada dos respiradores, estamos ocupando. Mas não descartamos em nenhum momento a possibilidade do hospital de campanha. É algo que está em estudo, estamos avaliando diariamente o comportamento da pandemia. Se a nossa estrutura estiver esgotada na rede privada, vamos montar um hospital de campanha", reforçou Hoffmann.

HOSPITAL DE CAMPANHA LEVA TRÊS SEMANAS PARA SER CONSTRUÍDO

Caso seja necessário a construção de um hospital de campanha, o tempo de execução da obra é de cerca de três semanas. O Estado já tem todos os orçamentos feitos e também já estudou quais locais poderia receber esse tipo de estrutura.

"Já temos empresas contactadas, orçamentos levantados, todos os dados levantados para montagem. Já temos, inclusive, espaços identificados que poderiam servir de espaço para essa estrutura se for necessário. Teremos condições de montar um hospital de campanha muito rapidamente, de duas a três semanas. Nosso planejamento é feito olhando dua, três semanas a frente", finalizou Hoffman.

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