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Escolas particulares preparam proposta para retomar aulas presenciais em julho

Escolas particulares preparam proposta para retomar aulas presenciais em julho

As instituições estão definindo protocolos de segurança, como uso de máscaras e aferição de temperatura, para que as atividades sejam liberadas

Publicado em 8 de junho de 2020 às 20:13

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Alunos em sala de aula
Escolas vão ter que instalar as carteiras dos alunos em uma distância segura um do outro. (Joel Silva/ Folhapress)

As atividades presenciais nas escolas estão suspensas até o próximo dia 30 devido à pandemia de coronavírus, mas a rede particular de ensino está preparando uma proposta ao governo do Estado a fim de retomar as aulas a partir de julho. Um protocolo de segurança, que determina por exemplo aferição da temperatura na entrada, maior distanciamento na sala e uso obrigatório de máscaras, foi elaborado e deverá ser adotado pelas instituições.

Geraldo Diório Filho, superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES),  diz que a entidade adaptou algumas normas que foram relacionadas pela Federação das Escolas para a realidade do Estado, e que as medidas foram repassadas às instituições que, agora, devem se organizar para implantá-las.

Questionado sobre as diferentes realidades das escolas e a viabilidade de medidas como, por exemplo, o distanciamento em unidades de pequeno e médio porte,  Diório afirma que cada uma deverá fazer os ajustes conforme seu perfil, mas sem deixar de adotar normas de segurança. Numa instituição com pouco espaço para colocar os alunos em uma distância segura um do outro poderá buscar alternativas como o rodízio, em que parte da turma tem aula presencial, parte remota. 

Diório aponta que algumas medidas têm efetividade para escolas cujo público tem faixa etária maior, como os tapetes sanitarizantes para acesso ao estabelecimento. Na educação infantil, a ação seria difícil de implantar, e a solução pode passar pela necessidade de as famílias enviarem dois pares de calçados para as crianças: um para uso externo, outro para circular no ambiente escolar. Neste caso, até os familiares teriam que ficar do lado de fora. 

Outra ação que deve depender da parceria família-escola é a aferição da temperatura. Algumas instituições poderão adotar, mas os pais também deverão se comprometer a enviar os filhos para a aula somente se não tiverem com febre. 

"O planejamento veio da federação e cada Sinepe regionalizou. Agora, cada escola vai pegar esse plano e ver o que é possível ser adotado. O que serve para ensino médio, necessariamente não serve para a educação infantil.  Os cuidados deverão ser tomados de acordo com o tamanho da escola e seu processo pedagógico.  É preciso também fazer um pacto com os pais. Ninguém em sã consciência poderá garantir 100% de segurança; a preocupação será a de dar a maior segurança possível", ressalta Diório. 

Quanto à data de retorno, o superintendente conta que a entidade está trabalhando com a perspectiva de ter as atividades presenciais autorizadas no mês de julho, e ele frisa que outros Estados já planejam flexibilizar o funcionamento das escolas no mês que vem. Alguns, inclusive, ainda em junho. As propostas que foram encaminhadas para as escolas, agora serão oficializadas junto ao governo para tentar estabelecer um acordo. 

Na rede estadual, segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), também está sendo elaborado um protocolo com normas de segurança para o momento em que as aulas presenciais forem retomadas. 

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