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Publicado em 21 de outubro de 2021 às 12:39
Todas as microrregiões podem estar em risco baixíssimo para Covid-19 até novembro. Essa é a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde, que informou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (21), que a Região Serrana pode ser a primeira a alcançar a cor azul no mapa de risco, já nos próximos dias. >
“Precisamos reconhecer que a ampla maioria da população decidiu optar pela ciência e pela vida. O negacionismo foi praticamente derrotado, pois 95% da população adulta já foi vacinada pelo menos com a primeira dose ou dose única. Estamos entre os Estados com maior adesão à vacina. Reafirmamos a possibilidade concreta de ainda em novembro termos todas as microrregiões classificadas com risco muito baixo. É pouco provável que cheguemos em dezembro com risco baixo ou moderado”, disse o secretário de Saúde, Nésio Fernandes.>
Segundo o subsecretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin, as regras para o cenário azul estão sendo preparadas. “Estamos aqui terminando as regras gerais, que têm tudo a ver com a vacinação. O risco baixíssimo será alcançado nas microrregiões quando a população acima de 18 anos tiver 80% vacinada com duas doses e 90% dos idosos com a dose de reforço”, diz.>
Segundo Reblin, o uso da máscara é regra “sine qua non”, ou seja, indispensável, e será mantida até que a Organização Mundial da Saúde (OMS) faça orientação para o contrário. No entanto, o próprio secretário Nésio Fernandes admite a dificuldade no uso da máscara em ambientes de dança ou de consumo de bebida alcoólica. Por isso, será essencial a exigência do passaporte da vacina, reduzindo os riscos de contágio.>
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“Também é necessário que todas as cidades tenham ao menos um ponto de testagem de livre demanda, a pessoa deve ir ao local e ter acesso independentemente de ter alguma recomendação de serviço de saúde. A gente está avançando e três coisas são fundamentais: máscara, testagem e vacina”, completa Reblin.>
Na coletiva da Secretaria de Estado da Saúde, foi informado ainda que cerca de 300 mil pessoas estão com as vacinas em atraso, isto é, não retornaram para tomar a segunda dose. O número de pessoas que não compareceram aos pontos de vacinação no momento adequado já reduziu, pois chegou a ser de 360 mil.>
“Também temos 46 mil pessoas que têm acima de 60 anos que já estão aptas no intervalo que o próprio Ministério da Saúde propôs, de seis meses, e que não foram vacinar. Se esse conjunto de pessoas comparecer, nós vamos elevar de quase 70% de cobertura vacina para acima de 80% de cobertura com a D2. Isso é importante tanto para quem tem menos de 60 anos quanto para quem tem mais de 60 anos para a dose de reforço”, disse Reblin.>
Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de Saúde do EstadoSegundo Reblin, é importante tomar vacina e pedir para que parentes, amigos, comunidade, colegas de trabalho e pessoas que frequentam a mesma igreja tenham o compromisso de se vacinar. >
Ele lembra que muitas cidades vêm adotando o modelo de livre demanda para vacinação, não sendo necessário fazer o agendamento on-line. Basta procurar o local de vacinação, levar documentos e tomar a dose. >
Outra ação importante para reduzir o número de não vacinados é voltada para quem tem a chamada aicmofobia, que é o medo extremo de agulhas. A pessoa quer vacinar, mas não consegue por ter transtornos de ansiedade e fobia de injeção.>
Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do EsA Secretaria fará um censo para que as pessoas com esse tipo de fobia se cadastrem no Vacina e Confia. Ainda não se sabe quantas são, mas, inicialmente, mais de 300 pessoas já foram cadastradas no site. Veja os detalhes aqui.>
Para Reblin, a vacina é de fato a arma mais eficiente nesta pandemia. “Mais de 68% da população adulta já tomou a segunda dose, estamos chegando próximo a 70%. Então com a medida de permitir a segunda dose Pfizer, mesmo para quem fez uso da AstraZeneca, nós rapidamente vamos alcançar uma cobertura para público acima de 18 anos muito próxima do desejado”, afirma. >
Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de Saúde do EstadoNa coletiva, foi recomendado ainda que a população não subestime sintomas respiratórios e faça testagem nos locais disponibilizados pelos municípios, sem que seja necessário encaminhamento médico. Os locais de testagem serão ampliados nos próximos dias.>
“Estamos discutindo expansão para os campi de Alegre e São Mateus, discutindo a adoção de unidade móvel que vai percorrer locais de Grande Vitória em locais de grande volume de pessoas, entre outras alternativas para que qualquer pessoa possa fazer a testagem”, diz o secretário Nésio. >
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