
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que o governo capixaba está em negociações para aquisição da vacina contra o novo coronavírus com as fabricantes Pfizer e Moderna, entre outros laboratórios. Entretanto, ele frisou que o Estado aguarda que o governo federal se mobilize e anuncie um amplo plano nacional de imunização para salvar vidas e recuperar a economia.
Após palestra nesta quinta-feira (3) no Vitória Summit 2020, evento realizado pela Rede Gazeta, o governador disse à reportagem que acredita que o governo federal deve anunciar algo mais concreto em breve, e que os Estados têm pressionado para que seja anunciada a aquisição de qualquer vacina aprovada pela Anvisa o quanto antes.
“Diante disto, pretendemos esperar um pouco mais. Nós, particularmente, não pretendemos adotar nenhuma vacina específica no momento. Estamos conversando com Pfizer, com Moderna, com algumas outras empresas. Mas o foco principal é ter o governo federal coordenando esse trabalho", afirmou.
Questionado sobre os motivos da espera, Casagrande destacou que o Espírito Santo, por se tratar de um Estado pequeno, tem todas as condições para adquirir a vacina, mas não seria a melhor opção no momento. Segundo ele, o investimento seria "perto de R$ 400 milhões".
Renato Casagrande
Governador do Espírito Santo
"Posso adquirir. Mas seria muito ruim. Haveria uma corrida para o Espírito Santo de gente de fora do Estado para ser vacinado aqui e uma situação de desorganização do Brasil, com uns sendo vacinados, outros não. Por isso que nosso esforço é para que o governo federal centralize a vacinação"
PFIZER GARANTE ENTREGA NA TEMPERATURA IDEAL
O governador destacou que, no caso da Pfizer, seria possível comprar a vacina mesmo com as dificuldades logísticas uma vez que o laboratório já entregaria o imunizante na temperatura ideal.
“A Pfizer, por exemplo, entrega a vacina na temperatura ideal, então eu poderia [adquirir]", disse o governador. Ele não detalhou, porém, se o Estado teria condições para armazenar as vacinas dentro das exigências do laboratório.
A vacina inglesa, que foi a primeira aprovada no mundo, tem como grande desafio suas normas de refrigeração. São necessários super freezers para o armazenamento e transporte, já que o produto requer temperaturas de menos 70 graus Celsius para se manter estável.
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