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Entenda por que caso leve de Covid-19 tem mais risco de reinfecção

Entenda por que caso leve de Covid-19 tem mais risco de reinfecção

Estudos também apontam que pacientes assintomáticos são mais suscetíveis a uma nova contaminação pelo coronavírus, alguns com quadro grave

Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 02:00- Atualizado há 3 anos

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Coronavírus
Estudos apontam os pacientes com maior risco de se contaminar mais de uma vez com o coronavírus. (Pixabay)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

Identificado há apenas um ano, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) ainda não foi totalmente decifrado pela comunidade científica, mas muitas pesquisas sobre o agente infeccioso têm contribuído para o enfrentamento à Covid-19. Estudos recentes, por exemplo, apontam que pessoas que foram infectadas e tiverem sinais leves da doença, ou ficaram assintomáticas, são mais suscetíveis à reinfecção. 

Pós-doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel explica que as análises já realizadas sobre casos de reinfecção têm demonstrado que esses pacientes não desenvolveram a imunidade à Covid-19. 

"Até o momento, nas pessoas assintomáticas ou de quadros leves, a memória imunológica que desenvolveram é menos robusta, é menor. Então, a duração dessa resposta (imunidade), pelos artigos publicados até agora, tem sido em torno de dois, três meses, e colocaria a pessoa em mais risco para se reinfectar", afirma. 

Ethel Maciel acrescenta que ainda não é possível assegurar que a segunda infecção vai sempre se apresentar mais grave, embora tenha havido alguns registros de maior gravidade entre pacientes avaliados. "Não temos evidência ainda. Em alguns casos foi, em outros, não", ressalta. 

Dyanne Moysés Dalvomune, médica intensivista e pneumologista da Rede Meridional, ratifica as informações de que os pacientes assintomáticos e os casos não desenvolvem a chamada imunidade tardia, e alerta para o fato de que muitas pessoas que tiveram a doença estão se expondo mais ao risco, acreditando que já estão protegidas contra a Covid-19. 

"A pessoa que já teve a doença falsamente crê que tem um passaporte para relaxamento das medidas de segurança, para fazer festinhas, aglomerar. Acaba se expondo sem proteção a uma carga viral maior, o que pode tornar o quadro mais grave", atesta. 

Por essa razão, independentemente de a pessoa ter sido ou não contaminada pelo coronavírus, é fundamental manter os protocolos, como uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos para prevenir a infecção. 

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