> >
Pesquisadores identificam no Rio possível nova linhagem do coronavírus

Pesquisadores identificam no Rio possível nova linhagem do coronavírus

Não há indício de que nova variante seja mais transmissível que as já identificadas ou que mutação interfira na efetividade de vacinas em fase de teste.

Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 13:31

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Laboratórios farmacêuticos temem ficar sem estoque de insumos utilizados na fabricação de medicamentos
A nova linhagem pode ter surgido em julho deste ano, tendo sido identificada principalmente em amostras colhidas entre moradores do Rio de Janeiro. (Pixabay)

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Nacional de Computação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) identificaram uma possível nova linhagem do novo coronavírus (Sars-CoV-2) circulando entre a população do Rio de Janeiro.

Os detalhes da pesquisa, bem como seus resultados, ainda não foram divulgados em nenhuma revista científica. De acordo com o ministério, ao analisarem amostras de material genético colhido de pacientes que moram no estado, os pesquisadores identificaram cinco mutações do vírus causador da Covid-19, o que pode caracterizar uma nova linhagem originária da subespécie B.1.1.28 do coronavírus.

A nova linhagem do vírus pode ter surgido em julho deste ano, tendo sido identificada principalmente em amostras colhidas entre moradores de Cabo Frio, Niterói e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Em nota, o MICTI informa que, segundo os pesquisadores, até o momento, não há indícios de que a nova linhagem do vírus seja mais transmissível que as anteriormente identificadas, nem que a mutação interfira na efetividade das vacinas que estão em fase de testes. Ainda assim, os responsáveis consideram importante a continuidade dos estudos de vigilância genômica a fim de acompanhar a eventual dispersão da nova linhagem, bem como o possível surgimento de outras variantes do Sars-CoV-2.

“O monitoramento deve ser contínuo. De fato, o que temos de experiência em coronavírus em outras espécies, como animais domésticos, é que, ao longo do tempo, por um período mais estendido, por vezes, há mutações de vírus que conseguem suplantar os anticorpos e imunidades provenientes da vacina”, diz o pesquisador Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-ômica – iniciativa da chamada RedeVírus MCTI, comitê que reúne especialistas, representantes do governo federal, de universidades e de agências de fomento à ciência.

Ainda na nota, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro destaca que, dos 180 genomas do Sars-CoV-2 cujas amostras foram sequenciadas pelo Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis, 38 apresentaram mutações genéticas que indicam se tratar de uma nova linhagem.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais