Publicado em 14 de julho de 2020 às 19:24
Quando estiverem prontos, os dados sobre a presença do novo coronavírus no sistema de esgoto ficarão disponíveis para toda a população capixaba por meio de um aplicativo. A expectativa é que as informações relativas aos bairros da Grande Vitória sejam divulgadas até o final deste ano. >
Anunciado nesta segunda-feira (14) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o estudo ainda está na fase de compra de materiais. As coletas devem começar na próxima semana, em redes de hospitais de referência para a Covid-19. Essas primeiras análises devem sair entre 30 e 60 dias.>
Servio Túlio Cassini
Microbiólogo, coordenador do laboratório de análises do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID) e professor do departamento de engenharia ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)A partir das amostras dos esgotos hospitalares, espera-se chegar a uma metodologia específica para o estudo. A partir daí, os integrantes da equipe iniciarão a coleta de amostras em bairros da Região Metropolitana de Vitória. Os resultados podem auxiliar o Governo Estadual na tomada de medidas. >
Servio Túlio Cassini
Microbiólogo, Coordenador do laboratório de análises do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID) e professor do departamento de engenharia ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)Por isso, o pesquisador defende que esta será mais uma maneira do Estado avaliar o grau de contaminação dos capixabas, sem precisar gastar dinheiro com testes. Isso pode se transformar em uma ferramenta muito valiosa para flexibilizar as ações de uma região, por exemplo. Essa é a nossa proposta, afirmou. >
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Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), a pesquisa tem um custo de aproximadamente R$ 100 mil e contará com aparelhos de análise do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Cpid). A expectativa é que as coletas sejam feitas semanalmente para acompanhar a evolução da pandemia.>
Resultado da parceria entre o Governo do Estado e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), os pesquisadores terão a ajuda de alunos da instituição. O estudo foi inspirado por outros já realizados na Holanda e na Austrália, país com o qual é mantido contato para troca mútua de conhecimentos. >
Conforme explicado pelo professor Cassini, esse tipo de projeto faz parte de uma área chamada de epidemiologia baseada no esgoto, já utilizada para estudar doenças como caxumba e cólera. O interessante é que essa metodologia pode servir para outras doenças virais e bacterianas, garantiu.>
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