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Covid-19 já é a segunda principal causa de mortes no Espírito Santo

Covid-19 já é a segunda principal causa de mortes no Espírito Santo

Novo coronavírus só não vitima mais pessoas do que o câncer, que já tirou a vida de 1.420 capixabas entre janeiro e abril deste ano

Publicado em 9 de junho de 2020 às 19:47

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Vitória - ES - Covas abertas para sepultamento de vítimas da covid-19 no cemitério Boa Vista, em Maruípe.
Número de mortes por coronavírus já afeta rotina no Cemitério Boa Vista, no bairro Maruípe, em Vitória. (Vitor Jubini)

A Covid-19 já é a segunda principal causa de mortes no Espírito Santo. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a doença causada pelo novo coronavírus só não supera – por enquanto – o câncer, que vitimou 1.420 capixabas entre os meses de janeiro e abril deste ano.

Durante o mesmo período, 229 pessoas faleceram em decorrência da pandemia. No entanto, esse número já saltou para 904 óbitos, conforme a última atualização, feita nesta terça-feira (9), pelo Governo do Estado. Vale lembrar, que o primeiro caso local registrado da doença é do final de fevereiro. Ou seja, em três meses, o número de mortes por Covid-19 no Estado já ultrapassa os índices das outras causas nos primeiros quatro meses do ano.

Esses números, que retratam a quantidade de vidas perdidas, fazem com que a Covid-19 supere a quantidade de vítimas de homicídios e de acidentes de trânsito do Estado – causas que tradicionalmente figuravam entre as primeiras posições deste ranking. A nova doença também supera a quantidade de pessoas que sofreram derrames ou infartos fatais.

Antes da pandemia, casos infecciosos ou parasitários representavam apenas 3% das mortes registradas no Espírito Santo e, portanto, não apareciam entre as causas mais significativas. Essa rápida escalada faz com que especialistas apontem que o novo coronavírus pode assumir o posto de primeiro lugar.

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Só com base no que aconteceu nesses primeiro meses, a Covid-19 estará disputando a liderança com doenças cardiovasculares e neoplasias (tumores malignos/câncer). A tendência é que ela supere essas doenças que antes eram muito mais significativas que as infecciosas

Pablo Lira
Diretor do Instituto Jones dos Santos Neves
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Para a infectologista Tania Reuter essa mudança no panorama tem colaboração significativa da população, que não têm respeitado as medidas de isolamento social. “Se juntarmos a eficiência da doença com a ineficiência da sociedade, o coronavírus vai dominar o cenário”, taxou categoricamente.

Por isso é tão importante que as pessoas sigam as orientações dos órgãos de saúde e fiquem em casa. “Isolamento social significa sair só quando necessário. Seja no convívio social ou familiar e no que diz respeito ao consumo. É necessário agir de maneira consciente”, afirmou.

*Com informações do repórter Aurélio de Freitas, da TV Gazeta

PIOR ÍNDICE DE ISOLAMENTO NO ES

Ao mesmo tempo em que o Espírito Santo vive uma crescente exponencial no número de casos confirmados e de óbitos da Covid-19, a taxa de isolamento social tem registrado sucessivas quedas. Na última sexta-feira (5), o Estado teve o pior índice desde o início da pandemia: apenas 44% das pessoas ficaram em casa.

O nível de cumprimento das medidas está bem abaixo do considerado mínimo necessário pelo governador Renato Casagrande, que é de 50%, e muito distante do que é indicado pelas entidades ligadas à saúde. A orientação dos especialistas é que essa taxa devesse sempre estar acima dos 70%.

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