Publicado em 10 de setembro de 2020 às 09:21
Para bom capixaba, dia de sol combina com praia. E em época de pandemia, tem sido difícil para muitas pessoas resistirem ao banho de mar ou à caminhada na areia. Mesmo com o risco de contaminação pelo novo coronavírus, o feriado foi de praias lotadas na Grande Vitória e também no interior. Mas afinal, dá para ir à praia com segurança?>
O médico infectologista Lauro Ferreira Pinto afirma que sim, mas isso não significa que é permitido desrespeitar as regras de segurança. Como em qualquer outro lugar, na praia a regra número um do momento é evitar aglomeração.>
"Dá para ir à praia. Entendo que os capixabas estão loucos para ir à praia, porque estamos há muito tempo confinados. Mas é preciso ter bom-senso. A transmissão no meio externo é mais difícil do que no ambiente interno, mas ela ocorre. É a mesma regra: evitar aglomeração. Dá para ir à praia. O litoral é muito longo. Procure um horário que não tenha muita gente, mantenha um 1,5 metro de distância das outras pessoas. Essa é a recomendação", afirmou em entrevista à TV Gazeta.>
O médico também ressaltou que o capixaba extrapolou os limites no último feriado quando as praias ficaram lotadas e disse que o efeito desse comportamento só poderá ser visto nas próximas duas semanas.>
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"A pandemia melhorou, diminuiu a pressão sobre o número de leitos, mas o vírus está aí. Nós vamos saber o que nós fizemos no último final de semana daqui a 15 dias. Seguramente vai haver mais contágio e mortes. Essa doença é muito imprevisível, mesmo pessoas jovens podem ter casos graves", alertou.>
Lauro Ferreira Pinto
Médico infectologistaSe você é daqueles que gosta de fazer atividade física na praia, as regras seguem as mesmas. O médico lembrou que a atividade física é importante e pode ser feita no calçadão ou na areia, desde que se respeite o distanciamento entre as pessoas.>
"Atividade física as pessoas têm que fazer. Se quiser correr, é melhor correr sem máscara. Mas é preciso que se afaste das outras pessoas. Como a pessoa passa muito rapidamente, o risco de transmissão é muito pequeno, a não ser que a pessoa vá tossir ou espirrar em cima do outro. Lembre-se da etiqueta: se for tossir ou espirrar, use o cotovelo", orientou. >
Por fim, o infectologista lembrou que a contaminação tem sido intensa em todo o país, e que mesmo que não ocorra uma segunda onda de casos como aconteceu na Europa , períodos com aumento de casos podem ocorrer.>
"A contaminação tem sido tão intensa no Brasil, que não me parece que vai haver uma segunda onda enorme, mas pode haver soluços. Então seguramente podemos ter mais contaminações e mais mortes que poderiam ser evitadas. É muito importante evitar aglomeração. Quer ir à praia, vá à praia. Quer fazer uma caminhada, faça. Mas não aglomere, mantenha distância", concluiu.>
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