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Cariacica vai ter escola cívico-militar a partir do ano que vem

Cariacica vai ter escola cívico-militar a partir do ano que vem

Ordem de serviço para as obras da unidade de ensino será dada na quinta-feira (18); projeto prevê o atendimento de 400 alunos, do 6º ao 9º ano

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 19:08- Atualizado há 3 anos

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Crianças do ensino fundamental II serão atendidas na escola cívico-militar. (Freepik)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

O município de Cariacica vai implantar uma escola cívico-militar para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental a partir de 2022. A ordem de serviço da unidade de ensino será dada na próxima quinta-feira (18), no bairro Itanguá, e a obra tem prazo de 12 meses. O projeto prevê o atendimento de 400 crianças em tempo integral. 

O secretário municipal de Educação, José Roberto Martins Aguiar, diz que Cariacica foi qualificado para integrar o projeto do Ministério da Educação (MEC) de disseminação desse modelo de escola pelo país. Agora, o município está na fase da consulta popular, para saber do interesse da comunidade em receber o projeto. Este é um dos critérios para que a cidade possa obter financiamento federal, para a obra e para a manutenção da unidade de ensino. 

Mas, independentemente de Cariacica ser aprovado pelo governo federal para o financiamento, José Roberto assegura que o projeto de escola cívico-militar será implantado no município. Neste caso, numa parceria direta com a Polícia Militar. O secretário esclarece que a prefeitura já dispõe da verba para a obra - orçada em R$ 2,3 milhões - mas que, se o MEC liberar recursos, o dinheiro da unidade de ensino em Itanguá poderá ser usado em outro projeto educacional. 

"É importante frisar que, não receber a verba federal, não será impeditivo para avançarmos com o projeto. Temos condições financeiras para tocar a obra", sustenta José Roberto, acrescentando que a expectativa é para que, num prazo de 30 dias, o governo federal se manifeste sobre os municípios que vão ser contemplados.

O bairro para a escola cívico-militar não foi escolhido ao acaso. Além de já ter a obra para uma unidade de ensino iniciada - começou em 2008 e paralisou em 2013 - o projeto tem como foco se inserir, explica José Roberto, em comunidades de vulnerabilidade social. Ele aponta que a opção por adotar o modelo em turmas do fundamental II é uma estratégia que visa à redução de índices de evasão e abandono, que são altos no município nesta etapa de ensino e na região da futura escola. 

A unidade de ensino será a segunda de tempo integral na cidade, que já tem a Escola Leonilda das Graças Langa, em Nova Valverde, atendendo crianças do 1º ao 5º ano o dia inteiro. José Roberto observa que, por se tratar de um bairro vizinho a Itanguá, os alunos poderão dar continuidade aos estudos em tempo integral, totalizando nove anos de escolarização em jornada ampliada. 

EQUIPE PEDAGÓGICA

Questionado sobre a equipe pedagógica, o secretário afirma que será composta por educadores da rede municipal e também por policiais militares com graduação em licenciatura, ou seja, eles deverão ter formação adequada para dar aulas. 

Além das aulas regulares, aos PMs caberá o ensino de ética, disciplina, respeito aos símbolos nacionais e direitos humanos para todos, segundo o secretário José Roberto. "A proposta é buscar a formação integral do cidadão", defende. 

O secretário pontua, ainda, que há muitas experiências exitosas no país, o que ele espera se repetir em Cariacica.  "Enquanto educação, o que se pode observar de municípios e Estados que já têm a escola em funcionamento, como em Goiás há muitos anos, são resultados de aprendizagem muito satisfatórios e o índice de abandono e evasão, baixos. Esses indicadores de aprendizagem e fluxo, por si só, já justificariam a implantação", avalia.

OUTRAS UNIDADES

Embora a escola de Itanguá seja apresentada como um projeto-piloto, José Roberto não descarta a adoção de novas unidades em outros bairros. 

No final do ano passado, o município de Viana inaugurou uma escola cívico-militar. Já os prefeitos de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, e de Vitória, Lorenzo Pazolini, manifestaram interesse em também adotar o modelo. 

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