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Publicado em 3 de agosto de 2021 às 15:54
O buda gigante do Mosteiro Zen Budista, em Ibiraçu, já se consolidou como um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo e, diariamente, centenas de pessoas param à beira da BR 101 para observar de perto o símbolo do budismo. Nos fins de semana, a quantidade de visitantes é ainda maior.>
Mas para que o gigante se mantenha em perfeitas condições e "apresentável", é preciso um trabalho de manutenção constante. A aparência branca da estrutura é mantida graças à limpeza realizada regularmente e um dos que se aventuram a cuidar de perto do buda é o supervisor de acesso Rafael Roger Krause, de 29 anos. Utilizando técnicas de rapel, ele utiliza cordas para acessar as partes altas da estrutura e deixá-la "novinha em folha".>
Natural de Ibiraçu, o profissional foi contratado para realizar o serviço, que não é simples de ser executado. Na manhã desta terça-feira (3), ele iniciou a preparação do trabalho, que deve se prolongar pelos próximos dias.>
"Antes de começar a limpeza, fiz uma descida prévia para avaliar a estrutura por meio do tato e ver se não há risco de danos, quebra ou outro tipo de avarias. É um trabalho que envolve riscos, por isso, tem que ser previamente planejado tudo o que vai ser realizado. Inicialmente seria apenas a limpeza, mas será necessário fazer alguns pequenos reparos e pinturas, além da lavagem. Acredito que até sexta-feira (6) eu consiga concluir o serviço e deixá-lo limpinho", disse o ibiraçuense. Para poder descer pelo buda, Rafael retirou o próprio calçado em respeito ao símbolo budista, como mostra nos stories que fez no local e divulgou em seu Instagram.>
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Imponente pelo tamanho — são 38 metros, considerando o pedestal onde o gigante está sentado — Rafael conta que a altura não o assusta. Além disso, ele se sente honrado em cuidar do símbolo máximo do budismo no Estado e um dos mais importantes do mundo.>
"A altura é o de menos (risos). É uma responsabilidade muito grande porque muitas pessoas vêm aqui em busca de renovar as próprias energias, realizar uma oração e também visitar. É como se eu tivesse cuidando do meu quintal de casa. Conheço o mosteiro desde pequeno e tenho um carinho especial por isso aqui, então me sinto honrado em fazer este serviço", explicou o supervisor de acesso. >
Neste primeiro momento, além de mitigar a possibilidade de avarias e acidentes, Rafael traça uma estratégia para conseguir levar o material necessário para os serviços no buda.>
"É um pouco complicado porque ainda preciso pensar em uma forma de levar a água até a cabeça da estrutura, por exemplo. Também não tem energia acessível para usar equipamentos auxiliares, então vou encontrar a melhor maneira para realizar tudo corretamente. A ação do tempo, exposição contínua ao sol, chuva e vento atuam naturalmente e causam pequenos danos à estrutura, mas vou trabalhar para deixar ele novinho, até porque vai ser oficialmente inaugurado oficialmente em breve", contou ele.>
Por exigir capacitação profissional de alto nível, Rafael realizará as decidas sozinho, mas terá o apoio em solo de um profissional para dar um auxílio com os materiais. Atuando na área desde 2014, Krauser tem permissão para realizar tarefas do tipo em 84 países. O trabalho realizado por Rafael é o primeiro do tipo realizado no buda desde que a construção foi finalizada.>
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