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Setor de eventos culturais volta a pedir plano para retomar atividades no ES

Setor de eventos culturais volta a pedir plano para retomar atividades no ES

Empreendedores participaram de reunião de frente parlamentar; eles também querem ser incluídos na Matriz de Risco da Covid-19

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 17:28

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Fabrício Noronha, Secretário Estadual de Cultura
Fabrício Noronha, Secretário Estadual de Cultura, também participou da reunião desta segunda (3). (Hélio Filho/Secom)

Empresários ligados ao setor da cultura e do entretenimento tornaram a solicitar um calendário de retomada de suas atividades e a inclusão do segmento na Matriz de Risco do Estado, na reunião desta segunda-feira (3) da Frente Parlamentar de Proteção e Recuperação Econômica e Social do Empreendedorismo Capixaba. 

Marcelo Moura e Larissa Puppim, que fazem parte do Movimento Motivos para Comemorar, reforçaram que o setor precisa de um retorno mesmo que seja com um limite do número de convidados e com protocolos rígidos de segurança. O movimento representa aproximadamente 500 empresas que atuam na área de eventos sociais.

“São quase 168 dias parados, sem planejamento de retomada, sem renda e sem respostas claras das autoridades. Os eventos estão sendo reagendados para 2021 e complicando a agenda do próximo ano”, explicou Moura. Ele ainda citou que as casas de festas não estão gerando renda, mas precisam continuar pagando diversos impostos e taxas, além de cuidarem da manutenção dos espaços.

MEDIDAS

Segundo Puppim, o movimento enviou um documento para o Executivo estadual com sugestões de medidas de segurança e de protocolos baseados em ações promovidas em outros estados, como Amazonas e Paraíba, para o reinício de eventos sociais.

“Um dos pontos é o controle do risco de presença, pois geralmente são pessoas do círculo social (de quem contrata). Também medição de temperatura, espaçamento de mesa, controle de horário, tamanho do local e área reservada para grupo de risco. São várias medidas que podem ser tomadas para a retomada gradual”, explicou.

Já o produtor cultural Bruno Lima classificou como “muito produtivas” as reuniões da semana passada com representantes do governo. Ele ressaltou a necessidade de um plano de retomada das atividades de maneira segura, um calendário mesmo que a médio e longo prazos, e a importância de financiamento para pessoas e empresas do setor cultural.

Outro ponto levantando por Lima foi a possibilidade da criar uma campanha de conscientização da sociedade para mostrar às pessoas como é fundamental o respeito ao isolamento social para que determinados segmentos possam voltar a operar. “Precisa ter senso de responsabilidade”, salientou.

Juliana Barbosa, do SOS Graxa, também participante da reunião, ponderou que, com a pandemia do novo coronavírus se prolongando, a cadeia produtiva do setor da cultura e do entretenimento está chegando num momento crítico e que o auxílio emergencial do governo federal vai se encerrar em setembro, deixando diversos trabalhadores sem renda.

“Conversamos com o Fabrício (secretário de Cultura), que nos explicou como funciona a Lei Aldir Blanc. Temos cerca de 300 pessoas cadastradas e estamos entrando em contato para saber quem recebeu auxílio emergencial e estamos conversando para saber como podem receber pela Lei (Aldir Blanc)”, afirmou.

DEMANDAS

O empresário de entretenimento Márcio Ribeiro comemorou o fato de o governo estar ouvindo as demandas dos setores, mas falou que é hora de sair da teoria e avançar para a prática. “Precisamos entrar na Matriz de Risco do Estado, que hoje está em moderado. Mesmo que vá para leve a gente não está dentro”, lamentou.

Ele frisou que os empreendedores não gostariam de depender da ajuda governamental, mas que, caso a proibição para reinício das atividades permaneça, isso acabaria sendo necessário. Ribeiro ainda pediu a simplificação do acesso aos empréstimos e às leis de incentivo, além da redução de impostos na área.

Participaram do encontro, os secretários de Estado de Turismo, Dorval Uliana, e de Cultura, Fabrício Noronha. Ambos informaram que nas reuniões com os integrantes do comitê de crise montado pelo Executivo para combater à pandemia foi levado o pedido de inclusão do setor de cultura e entretenimento na Matriz de Risco da Covid-19.

Noronha ressaltou que as questões envolvendo a entrada na matriz, medidas de segurança e previsão de calendário estavam sendo discutidos com os técnicos do governo. Ele lembrou que o Estado havia publicado protocolos de segurança para eventos drive-in na última semana e pediu para os presentes observarem o documento para colherem algumas informações.

De acordo com o secretário de Cultura, o Executivo estava preparando a abertura de inscrição para cursos de formação profissional técnica para os envolvidos no segmento da cultura e do entretenimento. O objetivo é ajudar os participantes a se adaptarem a nova realidade acerca da organização de eventos.

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(Com informações da Assembleia Legislativa do Espírito Santo)

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