Petróleo: novo terminal vai finalmente colocar o ES no mapa das exportações

O Espírito Santo passa a ser mais relevante nas exportações de petróleo, já que atualmente a maior parte da própria produção é escoada principalmente por Rio de Janeiro e São Paulo

Publicado em 22/05/2025 às 01h00
Área em Praia Mole vai receber terminal de petróleo
Área em Praia Mole vai receber terminal de petróleo. Crédito: Divulgação

O potencial logístico do Espírito Santo vem sendo tão cantado em verso e prosa que é preciso celebrar quando passos são dados no sentido de consolidar o que por tanto tempo foi, e ainda é,  só expectativa. O anúncio do investimento de R$ 340 milhões em um novo terminal voltado para a exportação de petróleo, localizado no Porto de Praia Mole, em Vitória, não poderia ser mais alvissareiro.

Além de colocar o Espírito Santo no mapa das exportações do produto, com capacidade esperada de movimentar até 100 milhões de barris de petróleo quando estiver em plena atividade, o novo terminal ainda deve inaugurar no Estado a operação ship to ship, realizada entre navios.

Uma modalidade já anunciada pela Transpetro em janeiro, no porto da Imetame, ainda em construção em Aracruz, e no Porto Central, que está sendo construído em Presidente Kennedy, em acordo com a norueguesa Equinor. Mas, em ambos os casos, as operações provavelmente terão início após as do novo terminal de Praia Mole, programadas para o final de 2027.

Assim, o Espírito Santo passa a ser mais relevante nas exportações de petróleo, já que atualmente a maior parte da própria produção é escoada principalmente por Rio de Janeiro e São Paulo. Com a ampliação da infraestrutura, o Estado passa a concorrer com outros exportadores. O Espírito Santo tem localização estratégica que pode enfim começar a ser mais explorada. Isso é competitividade, algo que só se alcança com atração de investimentos.

O resultado virá para os cofres públicos, com o aumento da arrecadação, algo estimado em R$ 230 milhões por ano, além de mais royalties, aproximadamente R$ 80 milhões, distribuídos entre Vitória (40%), Serra (30%) e Vila Velha (30%). Isso sem falar na geração de empregos e no fortalecimento da cadeia produtiva.

Esses investimentos com foco na exportação de petróleo ajudam a consolidar a vocação logística do Espírito Santo, um passo decisivo para constituir uma cultura portuária ainda mais relevante e desenvolvida. 

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